NÃO TEM MAIS BOBO NO FUTEBOL! SERÁ?

E aí, Nação?! Animados? Desanimados? Esperançosos? Desconfiados? Acho que todos nós estamos vivendo um misto desses sentimentos, né?! Pois é… Nosso time passou de “o melhor futebol do Brasil” numa quarta-feira, para um “um lixo que não vale nada” na outra. Quem me conhece daqui sabe que não sou de dar muita moral, nem trela à boa parte da mídia e$portiva, mas um deles (Fox Sports) usou uma expressão sobre esse fato que bateu com o que eu penso: “Nem tanto, nem menos!”

Antes de continuar com o assunto, permitam-me uma breve explicação do meu sumiço. Primeiro foi a Copa! Eu sou apaixonado por futebol e vejo todos os (bons) jogos possíveis. Pra isso nada melhor que o torneio da FIFA. Eu sou Rubro-Negro, mas também sou brasileiro. E já houve um tempo que, entre um e outro, eu era Carioca FC, pois torcia pros times do RJ quando o Mengão não tinha mais chances ou estava fora de determinada competição. O tempo tirou isso de mim, mas não o meu carinho pela Seleção. E como aqui muitos demonstravam pensamentos diferentes, preferi me abster desse período. Na volta do Brasileirão, de cara teve a derrota pro SPFW, que eu acompanhei “in loco”, e quando eu vim checar, não gostei do teor de alguns comentários (normalmente os mais participativos). Como ando numa fase de não dar murros em ponta de faca, novamente optei pela abstenção.

Voltando ao nosso momento “nem tanto, nem menos”, quero dizer que, sim, fiquei chateado não pela derrota para o Cruzeiro, mas pelas duas seguidas onde pra mim houveram sérios erros de utilização de atletas, de escalação, de estratégia de jogo e individuais dos jogadores. Enumerando alguns:

1 – depois da boa exibição contra o time titular do Grêmio e a divulgada escalação reserva deles, achava que a liderança do brasileiro era algo que não precisava ser mantida a ferro e fogo (minha opinião) e que a melhor opção seria pagar na mesma moeda, entrando com o time todo reserva. Tiraria a pressão da vitória de cima da gente, se vencêssemos estaria tudo bem e se perdêssemos não teria tanto peso.

2 – com a consequente escalação dos reservas, o time titular inteiro voltaria para o RJ já na madrugada de quinta se preparando exclusivamente para o jogo da Liberta. Sem peso, sem pressão, sem estresse.

3 – não concordei com a escalação do Jean Lucas, achei que era um jogo grande demais pro garoto, ainda mais depois da péssima atuação contra os reservas do Grêmio (me lembrou muito a situação do Matheus Sávio contra o San Lorenzo). Era pra alguém mais cascudo. Minha opção (Pasmem!) seria o Arão. Não tem jogado bem? Não! Quase saiu? Sim! Mas tem mais bagagem e poderia jogar numa posição onde teve seus melhores momentos.

e 4 – o Flamengo (e até mesmo a torcida) precisa aprender que mata-mata só se resolve no primeiro jogo com uma goleada acachapante, que é preciso pensar jogo a jogo e por muitas vezes até dentro do próprio jogo. Óbvio que eu gostaria muito do meu tradicional 4X0, mas já nos primeiros minutos se percebeu que a coisa não estava 100% a nosso favor. Então você para e pensa:

“O que acontece se eu sair daqui de casa com um 0X0 numa disputa com gol fora qualificado? Hummm… Se eu chegar lá e fizer 1X0 o empate é meu! E mesmo que eu tome 0X1 no começo, eles continuarão pressionados, porque se eu empatar me classifico! Vamos ter calma pra jogar aqui… Se eles não vierem com tudo e se abrirem, eu só vou na boa!”

Aí caímos no tema da coluna. Como assim não tem mais bobo no futebol se times continuam a perder jogos e classificação por… BOBEIRA? Por falta de MALANDRAGEM, por não analisar a atitude, postura e intenção dos adversários. Essa reflexão me leva ao ano passado…

O Independiente veio ao Maracanã na final da Sula pra jogar fechado, enrolar o jogo, não deixar a bola rolar, tirar foco/concentração do Flamengo apelando pra todo tipo de antijogo e esperar por um erro nosso (contando sempre com as benesses do soprador). Deu certo! E de lá pra cá mais dois times fizeram o mesmo: SPFW e… Cruzeiro. Pra mim é visível que esses times estudaram, perceberam que esta estratégia poderia dar resultado contra nós, colocaram em prática e obtiveram o resultado esperado. Ou seja, OS BOBOS SOMOS NÓS!

Algo parecido, essa falta de malandragem, já aconteceu dez anos atrás na fatídica partida contra o América-MEX. Lá não houve uma estratégia como a atual, mas a partir do momento em que os caras fizeram 2X0 e já era perceptível que a bola não iria ajudar, era hora de cair, arrumar pequenas confusões, segurar o jogo, “furar a bola”, reclamar de tudo e até mesmo levar alguns cartões pra não ter mais uma partida normal. Não sei se alguém teve a curiosidade de rever (eu tive), mas mesmo com a eliminação já configurada (2X0) o time parecia querer não se classificar, mas virar e golear. Deu no que deu.

Então, apesar de ter a convicção de que precisamos aprender a entender o jogo, ainda tenho esperanças de que tudo vá dar certo… Porque eu sou do grupo do “copo meio cheio”? Sou, e não nego, mas se for pra achar que já está tudo perdido, que não vamos arrumar nada, é melhor não ver/ouvir os jogos, não procurar por notícias em sites ou programas esportivos e nem vir aqui pra comentar. (EM TEMPO: não estou falando de vir aqui reclamar – direito de todos – e sim sobre quem já definiu que já era).

Felizmente pra mim (infelizmente pra quem discorda) eu não sou assim e amanhã estarei de novo no Maraca esperando que o time retome o rumo das primeiras rodadas do Brasileirão. Era outro jogo, já que o Cruzeiro vai de reservas, pra fazer o mesmo ou poupar grande parte dos jogadores pra quarta. Mas a bobagem das últimas partidas nos jogou na necessidade de entrar com o titular e vencê-los pra voltar a ganhar moral (quem sabe até com a volta à liderança?). Então, só nos resta o tradicional #PraCimaDelesMengo

Bem… É isso e Saudações Rubro-Negras!

Fonte: null

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