OS 90 FINAIS

Estão com problemas de oscilação na confiança? Não se assustem, isso é absolutamente normal. Em um momento estamos absolutamente confiantes e no seguinte bate aquela sensação de insegurança. Seja pela má fase do Diego, pela possibilidade da ausência de um dos nossos jogadores mais importantes, por estarmos com um técnico estrangeiro recém chegado, por não podermos contar com os reforços que trouxemos recentemente, pelo fato do jogo ser na casa do adversário, fase do Muralha etc.

Mas aí eu pergunto a vocês: Como “Isso aqui é Flamengo”, mesmo desconsiderando tudo isso acima, será que estaríamos absolutamente tranquilos, ainda que o adversário fosse o Bambala ou Arimatéia? E, como “Isso aqui é Flamengo”, será que nossa derrota estaria sacramentada por antecipação, se o adversário fosse o Barça ou o Real? Pois é!

Nessa equipe que entra em campo hoje, temos jogadores pra lá de experimentados, cascudos, que não se intimidam com torcida contrária, que têm plena consciência do que representa conquistar um título Nacional pelo Flamengo e a importância desse jogo para o nosso 2018, quando, possivelmente, todos continuarão por aqui.

Desse elenco tenho como referência o Diego (embora, em alguns momentos, perceba algo de “Zinho” nele), pela sua capacidade técnica, inteligência e conduta (em todos os sentidos). Há muito tempo não temos uma liderança tão benéfica como a dele. E tenho CERTEZA que hoje sua doação vai ser ainda maior, nem que seja apenas para calar os críticos que contestaram sua convocação.

Subi alguns degraus na minha confiança pela vitória, ao saber da grande possibilidade do Everton jogar. Jogador que considero FUNDAMENTAL para nossa equipe, seja pela versatilidade, assistências, auxílio na marcação, velocidade na transição e até finalizações. Se não der pra encarar os 90, tudo bem, vai até onde der e aí o Rueda escolhe a melhor opção para entrar.

Também me tranquiliza a presença do Juan. Noventa minutos, depois de descansar uma semana e vindo com sequência, ele tira de letra e ainda aposto mais nele do que qualquer outro do país. Está jogando uma bola REDONDÍSSIMA, formando uma ótima dupla com Rever, e é mais um de nós lá dentro.

Como ficar indiferente ao Coração do Pará? Tem limitações, claro, mas sua dedicação é contagiante. Torci o nariz quando chegou, mas acabou me conquistando pela raça e demonstração da paixão pela camisa que veste a cada dividida.

Me preocupa a capacidade de marcação do Trauco, mas tenho sido surpreendido com a recuperação dos nossos volantes. Arão voltou aos seus melhores tempos e o Cuellar vem tendo atuações muito acima do que havíamos visto ou mesmo esperávamos.

O Berrío chega a ser engraçado. Aliás, é comum ele me fazer rir. De uma forma ou de outra. Mas como desprezar sua força e velocidade, em um jogo em que a tendência é o adversário vir pra cima e nos fornecer espaços?

Reconheço, confesso, assumo: Não sou o maior fã que o Guerrero tem. Entendo toda sua importância para a equipe, seu trabalho de pivô, sua habilidade, sua capacidade, seu status internacional, mas, na minha interpretação (respeitando totalmente as contrárias), ainda falta aquele Algo Mais, para que me motive a gritar seu nome no estádio. Mas como sempre ouvi que ele era jogador de Jogo Grande, estou contando que hoje ele vai me dar esses tais motivos para que eu passe a gritar.

Deixei o Muralha por último, pois acredito que seja o jogador sobre o qual existe a maior pressão. É verdade, fui seu crítico desde sua chegada e quis o destino (e a CBF) que ele ficasse com essa ENORME responsabilidade. Mas recebeu o apoio de todo o elenco, o que lhe passou a confiança necessária para encarar esse desafio. Seu forte não são os penais? Pois então, caso o título precise ser decidido através deles, que nossos batedores acertem todas as cobranças e deixem pra ele a responsabilidade de pegar um só.

Do treinador não considero justo cobrar, mas conto com sua experiência e inteligência. Uma rápida olhada no grupo que dispõe, deve tê-lo feito perceber que nosso elenco foi idealizado e concebido para sermos uma equipe ofensiva. Que faz parte da nossa característica a maior posse de bola e jogar pra cima dos nossos adversários.

Não importa se o jogo é na casa deles. Nosso time é inegavelmente mais forte que o deles. Nossos jogadores sabem disso, o Sr. Menezes sabe disso e seus comandados desconfiam seriamente, mas só vão ter mesmo certeza mais tarde. O frio na barriga que estamos sentindo é absolutamente normal, antes de uma final, mas, estejam certos, temos muito mais motivos para acreditar do que temer. CHEGA de apenas ter mais posse de bola e jogar melhor. Chegou o dia de ter mais posse de bola, jogar melhor E VENCER.

PRA CIMA DELES, MENGÃO !!!

PS: Motivos absolutamente contrários a minha vontade me obrigarão a sair daqui a pouco e ter que acelerar para voltar a tempo de ver o jogo inteiro, o que me impedirá de ficar aqui interagindo com todos vocês. Mas é claro que lerei todos os comentários. ABRAÇÃO GERAL.

Fonte: null

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