A cadência de Conca na volta ao Fla: ‘motorzinho’ dá lugar a ‘toca y me voy’, mas sem a mesma potência

De novo opção no Flamengo após 17 jogos, Dario Conca não estará em plena forma para comandar o meio-campo contra o Paraná, amanhã, pela Primeira Liga. Muito menos será, quase três meses depois de ser relacionado contra o Fluminense, o craque que resolvia como no título brasileiro pelo rival. Aos 34 anos, o argentino tem nova cadência depois da grave lesão no joelho. De "motorzinho" do time, agora vai na base do "toca y me voy", expressão que significa tocar e passar.

O jogo quase amistoso, embora pelas quartas de final da esquecida Primeira Liga, é, contudo, a última oportunidade que o meia terá de ser integrado ao elenco para um compromisso com certo grau de competitividade no ano. O técnico Reinaldo Rueda não terá os titulares da Copa do Brasil em ação, apenas os reforços que atuam no Brasileiro. Com foco na decisão sobre o Cruzeiro, o clube deu folga aos atletas principais ontem e inicia hoje a preparação de olho na partida do dia sete de setembro, no Maracanã.

Desde que jogou poucos minutos contra o Fluminense, Conca está liberado pelo departamento médico, mas a cirurgia de correção que fez no joelho esquerdo em dezembro, fez o prazo estimado para maio se esticar. O médico do Flamengo, Márcio Tannure, chegou a desaconselhar a contratação. Até hoje o jogador precisa de complementos físicos para atingir a intensidade ideal.

Nas atividades, não é mais o Conca conhecido por dribles e arrancadas. Experiente, o jogador mantém a técnica e precisão nos passes e lançamentos, mas não tem potência nos chutes. Com a necessidade de mais tempo para atingir todas as qualidades para atuar em alto nível, cumpre seu contrato de empréstimo até o fim do ano.

Se passar pelo Paraná, o Flamengo encara Internacional ou Atlético-MG pela semifinal da Primeira Liga, no sábado, dia dois de setembro, de novo com time misto.

Rueda e a missão de recuperar peças do elenco

O espaço no Flamengo de Reinaldo Rueda se abre não apenas para Conca, que não atingiu nível fisico ideal, como para outras peças que ficaram pelo caminho com o técnico Zé Ricardo. É a oportunidade do colombiano conhecer jovens jogadores, como Ronaldo e Léo Duarte, e dar nova chance a outros como Rômulo.

O volante chegou para ser titular na proteção á zaga, se machucou e nunca mais atingiu o nível esperado. Com Márcio Araújo inicialmente e agora com Cuéllar eleito o titular na posição, Rômulo garante que não vai abaixar a cabeça e espera vaga no time amanhã contra o Paraná.

– No começo do ano comecei jogando, tive uma lesão, e passei um tempo sem atuar. Os companheiros tem qualidade e o time encaixou – lembrou Rômulo, que continuou:

– Não baixei a cabeça. Quero atuar. Não posso escolher. Se precisar ser de zagueiro, lateral, meia, quero jogar. Se falar que não incomoda vou estar mentindo. Trabalho todo dia para jogar – disse o volante, mostrando nas declarações a pegada exigida em campo.

Além de Rômulo, Rueda pode observar nomes que foram para o final da fila recentemente. Entre eles Mancuello, Gabriel e outros jovens, como Paquetá e Vizeu. Recuperar os talentos do elenco é a nova missão do treinador na Primeira Liga.

– Quando o Rueda chegou nos passou confiança, cobrou mais intensidade. Vários jogadores estão com mais confiança e rendendo mais – admitiu Rômulo.

Fonte: https://extra.globo.com/esporte/flamengo/a-cadencia-de-conca-na-volta-ao-fla-motorzinho-da-lugar-toca-me-voy-mas-sem-mesma-potencia-21758087.html

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