A casa do Flamengo é o Maracanã. Sobretudo na Libertadores.

Fala, galera! Pedro Caruso na área mais uma vez. Hoje vamos falar sobre um assunto que tá na boca da galera. Após uma estreia de gala no Maracanã, será que o Flamengo deve continuar mandando os jogos da Libertadores lá?

O acerto com a Portuguesa carioca pelo Estádio da Ilha foi uma das grandes cartadas da diretoria do Flamengo para a temporada 2017 até aqui. Além do aspecto técnico, o clube agora desfruta de uma elogiável segurança de mandar jogos no Rio de Janeiro independentemente da disponibilidade do Maracanã. A estrutura da reforma sugere uma grande proximidade da torcida ao campo, o que transforma o projeto em um caldeirão útil e que resgata um modelo raiz que se encaixa perfeitamente no perfil do torcedor rubro-negro.

A Ilha será, sem dúvida alguma, uma grande aliada na temporada.

Mas o Flamengo precisa jogar a Libertadores na sua casa: o Maracanã.

A estreia diante do San Lorenzo escancara isso.

O estádio, modificado, ainda que não resgate integralmente nossa história popular de arquibancada, é o lugar ideal para o Rubro-Negro fazer suas vítimas na competição internacional.

Ficou absolutamente claro que é possível tornar o Maracanã um caldeirão. Ingressos com preços acessíveis carregam multidões. Eu paguei R$ 30 pra ir ao jogo. Não é absurdo. E o Maracanã lotado sempre será o Maracanã lotado. Esse papo de estádio neutro não existe quando a torcida do Flamengo resolve comprar a briga. Foram noventa minutos de pressão extrema, cantos incansáveis e uma sinergia de dar inveja em qualquer rival. A torcida entendeu a “missão Libertadores”, incorporou essa briga. Em campo neutro o San Lorenzo não teria tomado de quatro. O papel da arquibancada foi preponderante.

E além do caldeirão, o fator arrecadação é um ponto muito importante. A capacidade do Maraca é quase o triplo do acanhado estádio da Portuguesa. Para ter a mesma arrecadação na Ilha do Governador, o clube precisaria cobrar o triplo do cobrado no Maracanã – ou, se não quisesse, teria que se contentar com um terço da renda faturada no Maior do Mundo.

O ímpeto rubro-negro na Libertadores, que se potencializa com a expectativa pelo grande time formado, não cabe em um estádio de vinte mil pessoas – ou, melhor, vinte mil sócios-torcedores.

A torcida do Flamengo é muito maior do que isso. E considerando a política atual de venda de ingressos que prioriza os sócios, podemos concluir perfeitamente que o público geral não teria acesso aos jogos do Mais Querido na Ilha do Governador, o que é absurdo.

Acredito que a simpática Ilha nos será muito útil no Campeonato Brasileiro, sobretudo nas primeiras rodadas. Mas uma competição do tamanho da Libertadores pede um estádio do tamanho do Maracanã.

Curtiu o texto? Me siga no Twitter! Lá estou dando pitacos praticamente a todo minuto.

Fonte: http://colunadoflamengo.com/2017/03/a-casa-do-flamengo-e-o-maracana/

Share this content: