A hora de Mancuello?

Ele chegou como a grande contratação internacional, a mais cara do ano (sim, mais cara que Diego), regada a muita expectativa.

Com Muricy no banco, experimentou o sabor de ser titular, mas numa equipe extremamente desarrumada, onde ninguém se entendia, não deu pra sentir o gosto do que é ser protagonista no Maior do Mundo.

Veio Zé Ricardo e, com ele, logo veio o banco de reservas.

Acabou virando segunda, terceira, quarta e muitas vezes, nem era opção. Por um tempo, parecia esquecido no banco.

Algumas vezes em que entrou, normalmente no sufoco, quando o time precisava de gols, decidiu a partida, como contra o Atlético/PR, fazendo gol de letra e na memorável partida contra o Cruzeiro, em Cariacica, quando marcou com um lindo chute, virando o jogo aos 43′ do segundo tempo.

Depois dessa apresentação de gala, ninguém mais duvidava, voltaria a receber mais oportunidades. Não foi o que aconteceu. Curiosamente, não teve mais chances por 5 jogos seguidos. Nem para entrar no fim do jogo foi mais lembrado.

Porém, com a lesão de Éverton e as atuações duvidosas de Alan Patrick como titular, Zé Ricardo se viu obrigado a repensar o time e Mancuello ganhou uma sobrevida. Mesmo com toda a imprevisibilidade do treinador, deve ser titular contra o Corinthians.

Será mais um que fará sua estreia no maior palco do futebol mundial, o “nosso Maraca”.

Mesmo com a “lei do ex” tendendo a oferecer o protagonismo do espetáculo a um outro estrangeiro, um peruano, ou talvez até mesmo a Emerson Sheik, esse jogo tem a cara do argentino.

Os ingredientes estão montados para um belo show! O palco não poderia ser melhor. O estafe é muito superior ao seu início como titular. Os companheiros agora sabem o que fazer dentro de campo. O jogo é vital.

Que ohermano leve para o gramado essa mesma vibração exalada na imagem acima e nos faça grita em coro:

“Dale dale dale ô, Mancuello”!

Arthur Nunes

Fonte: http://colunadoflamengo.com/2016/10/hora-de-mancuello/

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