Análise: com ritmo mudado, Flamengo ”soube sofrer” para vencer o clássico

A escalação mostrava, antes mesmo de a bola rolar, que o Flamengo entraria em campo modificado. Zé Ricardo optou por começar o jogo com Fernandinho e novamente Alan Patrick, deixando Everton e Gabriel no banco. A vitória por 2 a 1 sobre o Fluminense trouxe os necessários três pontos, mas apresentou ao torcedor um Rubro-Negro diferente não só pelos personagens que iniciaram a partida, mas pela postura e forma de conduzir o jogo. Um time que não conseguiu espaço para jogar da forma que rende mais e, mesmo assim, teve atitude e capacidade para vencer e seguir na briga pelo título.

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Não ditou o ritmo e não teve posse de bola
Aquele Flamengo que tomou gosto por ditar ritmo e de bom toque de bola parece não ter viajado para Volta Redonda. O próprio técnico Zé Ricardo reconheceu após o confronto que a velocidade que os jogadores do Fluminense imprimiram surpreendeu e colocou o vice-líder do Campeonato Brasileiro em uma condição diferente do habitual. Sem tanta posse de bola, o Rubro-Negro teve que sair de sua zona de conforto. E isso pôde ser notado através de seus principais jogadores.

Discreto, Diego vê Flamengo aprendendo a ”sofrer”
Principal nome do time, Diego acabou passando discretamente pelo seu primeiro clássico no clube. Diante de uma marcação aproximada do adversário, não viu a bola chegar tanto e apareceu cometendo faltas – três em todo o jogo. Só Pará cometeu mais pelo Fla, com quatro.

– Enfrentamos uma equipe de muita qualidade. Eles trocam muito de posição e isso acaba exigindo bastante. Em alguns momentos temos que saber sofrer, e soubemos. Continuamos batalhando juntos e fizemos, no geral, um bom jogo. Tanto que conseguimos os pontos. Por alguns momentos, sim, soubemos sofrer – disse Diego, após o jogo. (No vídeo abaixo, Diego comete falta em Wellington)

Alan Patrick começa jogando e não rende
Alan Patrick não rendeu. Como titular novamente (assim como contra o Santa Cruz), o camisa 19 começou a partida caindo pelo lado esquerdo. Sem conseguir a posse de bola, trocou com Fernandinho indo para a direita. Criou pouco e, de certa forma, onerou o lateral Pará, que demorou para conseguir oportunidades de subir ao ataque. Comprometeu a marcação, e seu lado foi por onde o Fluminense mais deu dor de cabeça.

Lateral escondida e Arão pouco ofensivo
Na esquerda, Jorge apareceu mais no segundo tempo. De qualquer forma, não conseguiu apoiar o ataque como vinha fazendo. Willian Arão foi outro nome que se apresentou de forma distinta se comparado com as últimas partidas. Também pressionado, o volante teve que marcar Wellington e foi bem menos ofensivo do que pode.

– Tivemos momentos bons, mas não tivemos sequência boa. A ideia era aproximar alguém do Diego, com o Alan por dentro, e a velocidade do Fernando. Começamos com o Fernando pela direita, Alan rende melhor do lado esquerdo. Mas perdemos a posse de bola no ataque e resolvemos inverter para ter dois triângulos pelo lado do campo – Zé Ricardo.

Disposição de Damião e Fernandinho
Os bons momentos citados por Zé Ricardo foram cruciais para a vitória rubro-negra. Eles passaram pela atuação incansável de Leandro Damião, pressionando e se movimentando bem no ataque. Além de Fernandinho,que desta vez fez valer a chance de titular e se apresentou bem pela esquerda.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2016/10/analise-com-ritmo-mudado-flamengo-soube-sofrer-para-vencer-o-classico.html

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