Análise: em teste para reservas, é a base que decide contra o Resende

O jogo contra o Resende, pela 2ª rodada da Taça Rio, foi a quarta oportunidade que um time formado quase completamente por reservas do Flamengo teve para mostrar serviço ao técnico Zé Ricardo nesta temporada – a segunda consecutiva dentro do Campeonato Carioca.

As fichas da equipe alternativa estavam depositadas nos gringos Mancuello, que voltava após pancada na cabeça que o afastou dos treinos, e Berrío, que começava atuando apenas pela segunda vez. Também era uma nova oportunidade para Leandro Damião voltar a mostrar serviço após marcar três vezes na goleada sobre a Portuguesa na rodada anterior. Mas foram os reservas dos reservas quem chamaram a responsabilidade: os meninos da base decidiram no 1 a 0 que manteve a liderança na classificação geral do Estadual.

Em seu perfil oficial no Twitter, o próprio Flamengo chamou atenção para o fato de ter apenas atletas formados “em casa” como opção no banco para a partida. E, se nos primeiros 45 minutos a dificuldade encontrada pelos mais veteranos – acompanhados por Thiago no gol e por Matheus Sávio no ataque – foi grande, a etapa final viria para dar chances aos mais novos.

A torcida vibrou quando, aos 25 minutos do segundo tempo, o técnico chamou Felipe Vizeu e Lucas Paquetá. Parecia um gol quando ambos tiraram os coletes para entrarem nas vagas de Mancuello e Matheus Sávio. Cafu, cerca de dez minutos depois, causou reação mais discreta e foi coadjuvante em meio a vaias para Romulo, que saiu para sua entrada. Mas pouco depois viveu momentos de protagonista ao fazer cruzamento perfeito para Vizeu mandar para o fundo da rede.

Sobre o autor da assistência, inclusive, Zé Ricardo, foi só elogios após o fim da partida.

– É um jovem atleta, também já ficou com a gente muito tempo, está no Flamengo desde os oito ou nove anos de idade. É um jogador que em qualquer situação é certeza de cumprimento do que a gente pede. Pedi para trabalhar pelo lado do campo, para abrir o máximo possível os laterais do Resende e assim que tivesse oportunidade trabalhasse com os atacantes dentro da área. Deu certo. Fez uma temporada muito positiva no ano passado, depois teve experiência internacional que foi muito importante. Se continuar trabalhando também será mais aproveitado.

Após o intervalo, o Flamengo abandonou o 4-2-3-1 para colocar dois atacantes centralizados, formando uma espécie de 4-2-4. Mancuello, que começou pelo meio como substituto de Diego, foi deslocado para a direita, enquanto Berrío passou de ponta para segundo atacante. As jogadas começaram a fluir mais, mas a equipe ainda pecava nas finalizações – foi o pior aproveitamento até aqui na competição: 18 finalizações erradas e seis certas. Por fim, o time ficou com apenas Cuéllar de volante e cinco homens de frente (veja abaixo as mudanças).

Com Berrío e Damião em campo, mas apagados, Cafu e Vizeu construíram a jogada do gol. Com Mancuello sacado, Paquetá movimentou-se muito e dificultou a saída de bola adversária. O 1 a 0 premiou a insistência de um time que ainda teve Thiago salvando atrás quando foi preciso – em pelo menos duas boas chances do Resende ao longo do jogo. Disputa ainda mais ampliada por posições em um elenco onde as “terceiras opções” também podem garantir três pontos.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2017/03/analise-em-teste-para-reservas-e-base-que-decide-contra-o-resend.html

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