Se a possibilidade de perder Paolo Guerrero por um bom tempo é concreta, cabe ao Flamengo, então, entender o que está por, e o que pode ser feito, diante da ausência do seu maior investimento. De imediato, 30 dias sem o atacante peruano e a necessidade de apostar na juventude. Para o fim do brasileiro e a fase final da Copa Sul-Americana, Reinaldo Rueda terá de se virar com Lucas Paquetá e Felipe Vizeu. Pelo desempenho recente dos candidatos ao posto de titular, nota-se a queda do nível técnico.
Os números provam a diferença de desempenho. Apesar dos questionamentos, Guerrero soma 20 gols em 44 jogos, média de 0,45 gol por jogo. Paquetá e Vizeu entraram em campo, somados, 54 vezes, com 9 gols ao todo. A média chega a 0,16 gol por jogo.
Diante dos números, o fato é que o Flamengo precisa pensar já na próxima temporada. Se reforçar agora pode ser arriscado, sem analisar a melhor opção do mercado. O ideal é planejar uma contratação para o início de 2018. Mesmo que seu artilheiro consiga comprovar sua inocência no caso de doping, se faz necessária a chegada de uma sobra para o camisa 9. A presença de dois jovens promissores, hoje, para substituir o peruano prova que o elenco rubro-negro é falho neste ponto.
Diante das possibilidades postas à mesa, cabe ao Flamengo duas ações: a primeira, de apoiar quem terá a missão de marcar os gols até o fim do ano. A cobrança pode (e deve) existir, mas não será justo culpar os garotos em caso de fracassos ao fim de 2017. A culpa, neste caso, é dos que montam o elenco.
A segunda, por sua vez, de planejar a contratação de uma referência para o setor de ataque. Se o elenco possui meias gabaritados, casos de Diego e Éverton Ribeiro, precisa ter o mesmo peso entre os seus atacantes. Mesmo que o peruano fique à disposição em 2018, uma sobra se faz necessária. Que o doping do peruano faça o Flamengo acordar para a maior fragilidade que existe em seu elenco.
Fonte: https://oglobo.globo.com/esportes/analise-amanha-do-flamengo-sem-paolo-guerrero-22029779
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