Análise: queda do Flamengo evidencia distanciamento entre elenco e Rueda

Não era de se esperar que um técnico estrangeiro chegasse ao Flamengo com intimidade com o elenco que se conhece há um bom tempo e conseguisse imprimir a sua filosofia rapidamente. No entanto, a má fase recente no Brasileiro, especialmente fora de casa, joga holofote sobre a relação distante entre os jogadores e o treinador Reinaldo Rueda, dentro e fora de campo. É raro ver comemoração de gols em conjunto com o grupo. E comum observar jogadores saindo sem entender as substituições.

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Apesar de atribuir a pouca participação na lateral à dificuldade de comunicação por causa do barulho da torcida, Rueda se aproxima do terceiro mês no clube com dificuldade de transformar suas ideias em prática através dos atletas. A metodologia de trabalho alterou uma rotina de mais de um ano que acontecia no Ninho do Urubu e, embora tenha havido melhora defensiva momentânea, o Flamengo de Rueda jamais foi envolvente e efetivo, como já não era com Zé Ricardo.

Não há informações que garantam que o relacionamento do treinador com o grupo seja ruim. Há sinais de que não houve o entendimento, a absorção do trabalho. Sobretudo nos jogos. Em que pese a queda técnica geral, principalmente dos jogadores mais importantes, e os desfalques, Rueda dá mostra clara de desgaste, de falta de fôlego para buscar novas alternativas.

E não há tempo para buscá-las. O Brasileiro se afunila, e a vaga na Libertadores está por um fio. Caberá ao elenco, esse o maior responsável pela temporada ruim até aqui, chamar a responsabilidade. A mudança de comando não traria efeitos imediatos que transformem a apatia do time atual em vibração por títulos e conquistas maiores. Para 2018, é outra história.

Fonte: https://oglobo.globo.com/esportes/analise-queda-do-flamengo-evidencia-distanciamento-entre-elenco-rueda-22078205

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