A derrota para o Palmeiras e a queda de desempenho sob o comando de Rueda não encerraram as chances de o Flamengo ir a Libertadores direto para a fase de grupos. As contas para as quatro últimas rodadas do Brasileiro preveem classificação até em caso de 60 pontos conquistados – mais dez além dos 50 atuais – segundo o matemático Tristão Garcia. Mas depois do tropeço em São Paulo, as chances caíram de 13% para 5%.
– Com o tropeço conjunto dos clubes carioca, é preciso 62 pontos. Com 60, sem depender de critérios, precisa ter um pouco de sorte, mas ainda é possível. O Flamengo vai tentar ganhar a Sul-Americana e torcer pelo Grêmio na Libertadores – explicou Tristão.
A torcida por adversário é sinal de má campanha. E com Rueda, o desencaixe e a oscilação se mostram claros. São nove vitórias, nove empates e 5 derrotas em 23 jogos, com aproveitamento de 52,1%. Menor que o do antecessor Zé Ricardo, demitido com 62,2%. No Vasco, o ex-treinador tem 58,3%. Com dois jogos a menos do que no Flamengo, já alcançou a mesma pontuação que Rueda no Brasileiro, 21.
As comparações com o antecessor se tornam inevitáveis porque a troca parecia a senha de uma melhora expressiva que não aconteceu. Com os desfalques em sequência, o elenco qualificado também não se provou. Sobretudo na defesa. A volga de Juan, de 38 anos, ao time contra o Coritiba, na quinta-feira, é vista como salvação para que Rafael Vaz deixe o posto e Rhodolfo consiga emplacar dois jogos sem falhar. Na chegada ao Rio, o técnico Reinaldo Rueda admitiu pressão nas próximas partidas, mas descartou promover jovens como Vinicius Júnior para resolverem o problema do Flamengo.
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