Após quase trocar basquete pelo tênis, Rava se vê em evolução e feliz no Fla

Criado no Mackenzie, com excelente passagem pela base do Pinheiros e depois de duas boas temporadas pelo Macaé, o armador Pedrinho Rava, de apenas 21 anos, chegou ao Flamengo em julho deste ano. De lá para cá, vem disputando espaço com os experientes Ricardo Fischer e Ronald Ramon na armação rubro-negra. Aos poucos, começa a ter mais oportunidades na equipe do técnico José Neto. Neste sábado, por exemplo, entrou bem justamente contra os macaenses e demonstrou muita energia para ajudar o elenco do time da Gávea na vitória por 85 a 66 (veja o vídeo acima): fez nove pontos, conseguiu três rebotes e roubou três bolas. Mas quem o vê feliz e em evolução dentro das quadras nem imagina que o gaúcho esteve bem perto de deixar essa modalidade para jogar outra bem diferente.

– Teve um gostinho especial jogar contra o Macaé por conta das oportunidades que tive lá. Um menino novo tendo bastante tempo de quadra em um torneio forte como o NBB. Se estou no Flamengo hoje, devo muito a eles. O (José) Neto pede que quem entra do banco entre com gás para ajudar o time, mudar o jogo, e ele pede muita defesa. Eu particularmente gosto disso. Aos poucos, estou me soltando. Só tenho a melhorar. E pensar que, quando peguei minha primeira seleção, a sub-15, fui cortado e não fui para um campeonato, então bateu uma dúvida se era isso mesmo que eu queria, se eu estava no caminho certo. Quase cheguei a ir para o tênis, porque atuava num clube perto de casa, os técnicos falavam que eu levava jeito… Foi com o corte da seleção, então quando você é novo não sabe lidar muito. Mas não me deixei abalar, continuei trabalhando e agora estou aqui no Flamengo (risos) – falou o jovem jogador.

O pai de Pedrinho jogava basquete, mas, segundo ele, nunca houve pressão familiar para que ele se tornasse atleta profissional dessa modalidade, tanto é que o jovem escolheu por conta própria atuar com a bola nas mãos ao invés de jogar com ela nos pés. Muito antes de ter a dúvida de trocar o basquete pelo tênis, Rava por pouco não foi jogador de futebol.

– Meu pai jogou até os 20 anos, mas não me influenciou em nada. Desde pequeno, sempre adorei fazer esportes. Em uma época, precisei escolher entre futebol e basquete. Foi por gosto mesmo, por querer o basquete para a minha vida, sem influência externa – explicou.

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Pedrinho afirmou ainda que se inspira no estilo de jogo coletivo do San Antonio Spurs, da NBA, e que desde que se tornou um jogador de basquete sempre pensou em defender uma equipe de camisa como o Flamengo. Hoje, não poderia se sentir mais realizado.

– A gente que é novo sempre procura ver bons jogos, bons times. Não diria que sou um cara que torce, mas falar de NBA não tem como não falar de San Antonio Spurs. A forma como eles jogam coletivamente, sem vaidade, um para o outro, me encanta. No Brasil, sempre tive um sonho de jogar no Flamengo, não sabia se ia demorar, se não ia acontecer, mas quando fechei o contrato e soube que vinha para cá, foi a realização de um sonho. Acho que você ver ao seu lado na quadra o Marcelinho e o Marquinhos, com inúmeros títulos, Olivinha, com sua garra, obviamente todo mundo quer jogar pelo Flamengo, com essa torcida.

O jovem de 21 anos agora espera ter novas chances com a camisa do Flamengo sob o comando do técnico José Neto. Principalmente se for diante do Vasco da Gama.

– No Estadual não tive a chance de jogar contra o Vasco com a torcida aqui, mas fiquei arrepiado. Estou ansioso para esse jogo, porque infelizmente o Estadual terminou de uma forma que não deveria ser – disse o atleta, primeiro fazendo referência ao clássico do NBB do dia 18/12 contra o Vasco, às 15h, ainda sem local definido e, em seguida, lembrando da final do torneio estadual, onde o Flamengo saiu campeão por W.O. pois seu adversário optou por não atuar no Tijuca Tênis Clube por questões de segurança.

As duas equipes voltam à quadra na próxima quarta-feira. O Macaé recebe o
Vasco da Gama, às 19h30, em casa, e o Flamengo vai até Caxias do Sul para encarar os
gaúchos, às 20h05.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/basquete/nbb/noticia/2016/12/apos-quase-trocar-basquete-pelo-tenis-rava-se-ve-em-evolucao-e-feliz-no-fla.html

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