Após queda de pé na Libertadores, Fla ‘mantém unidade’ e terá mistão antes de lançar força máxima no Estadual

A derrota do Flamengo no Chile pode atrapalhar não apenas as chances de classificação na Libertadores. O ímpeto do técnico Zé Ricardo de explorar variações na equipe diante de determinadas circunstâncias também pode dar um passo atrás por causa do resultado. Contudo, mesmo com os questionamentos de volta, o treinador manterá as convicções na sequência do trabalho.

A estreia do esquema com três volantes para proteger uma zaga lenta sem perder a pegada no meio-campo foi com derrota, mas a estrutura do time não sofreu abalo. O gol de bola parada da Univesidad Catolica deixou claro que houve falha individual – de Berrío, no caso. No geral, o Flamengo finalizou mais e ficou mais com a bola em relação a estreia no Maracanã, contra o San Lorenzo, quando goleou por 4 a 0.

Na estreia, o time teve 17 finalizações, com sete chutes no gol, 12 desarmes, 81% de passes certos e 53% de posse de bola. Na partida no Chile, foram 17 finalizações, cinco chutes no gol, 15 desarmes, 80,6% de passes certos e 52,4% de posse de bola.

– Tivemos a atitude correta, mas não concluímos em gol. Acabamos pagando por isso. Fomos superiores, controlamos o jogo, mas isso não serve como consolo. O objetivo eram os três pontos, mas faz parte e temos que seguir para o próximo com força total – disse Diego na chegada ao Rio ontem.

Faltando quase um mês para voltar a campo pela competição sul-americana, o Flamengo engata uma sequência pelo Estadual que culminará no clássico com o Vasco na próxima semana. Até lá, o técnico Zé Ricardo terá os jogos contra Resende e Bangu, amanhã e quarta-feira, respectivamente, para afinar o time. A tendência é utilizar uma formação mista neste sábado. Em seguida, voltar ao esquema anterior, com dois pontas, dois volantes, e Diego com mais liberdade. Márcio Araújo, que ganhou chance no Chile, tem chance de permanecer como titular para que Rômulo invista no melhor preparo físico.

A estratégia de observar jovens no torneio local será substituída pela preparação do time nos três jogos seguintes até o decisivo duelo contra o Atlético-PR no Rio, dia 12 de abril. Depois da primeira derrota em cinco meses, algumas certezas sobre o time sofreram abalos e o técnico Zé Ricardo sofrerá pressão externa por mudanças nas peças. A ideia, no entanto, é resgatar de imediato o que vinha dando certo, com a formação mais usada na temporada, no esquema 4-2-3-1, com Mancuello voltando a ser relacionado contra o Resende.

Logo após vencer o Vasco e se classificar à final da Taça Guanabara, o treinador avisou que a invencibilidade cairia um dia, e a união seria ainda mais importante. "Vamos estender o máximo que puder, mas quando perder vamos manter essa mesma unidade aqui. Porque assim a gente vai fazer uma equipe forte e vencedora", avisou. Essa é a hora.

Fonte: http://extra.globo.com/esporte/flamengo/apos-queda-de-pe-na-libertadores-fla-mantem-unidade-tera-mistao-antes-de-lancar-forca-maxima-no-estadual-21073415.html

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