Até quando teremos que aturar a incompetência?

Salve, Salve, Nação Mais Linda do Mundo!

Mais uma quarta-feira macabra (salve Marcão Beton)! Que atuação medíocre ontem, meus amigos! Time sem compactação, frouxo, sem ímpeto, desordenado, sem variação tática, escalado com os mesmo perebas de sempre, no mesmo esquema de sempre, e com nível de comprometimento cada vez menor. Até quando Flamengo? Até onde vai a manutenção de um técnico à frente desta equipe improdutiva e sujeita a empates e derrotas para times ordinários e comuns? Ontem ressuscitamos mais um morto, aliás dois, ou melhor, três: um time medíocre (desfalcado de seu melhor jogador), um técnico em obsolecência e um ex-jogador da MLS!

Esse ex-técnico em atividade, afinal de contas largou a aposentadoria para atender ao chamado do Sport, começou tomando um calorzinho do Flamengo, mas fez a leitura do esquema tático do incontestável Zé Ricardo rapidamente e, em apenas 20 minutos, povoou o meio de campo somente variando seu esquema tático, mexendo peças, e dominou o resto da partida. Simples assim. Fácil. Sem contestação de nosso treinador, que assiste ao jogo e não tem leitura tática à altura (e tem gente que acha que ele vai bem. – Vejam os números, dizem os incautos!). Ainda teve a covardia de jogar nas costas de Felipe Vizeu e Vinícuis Jr. a obrigatoriedade de mudar a partida após tomar o primeiro gol numa falha homérica do goleiro Muralha!

Como podemos avaliar os dois elencos? Não existe a mínima chance de comparação! Estamos anos-luz à frente! E continuam chegando mais reforços! Agora lhes pergunto: Pra que reforçar o time se o técnico não ajuda, não sabe o que fazer? Se continuarmos deste jeito, teremos o banco mais caro do mundo! Os perebas continuam na titularidade; agora chegou o Éverton Ribeiro para ser banco do Gabriel. É a famosa meritocracia zericardiana (também conhecida por meritocracia reversa) onde um jogador vai bem e meritoriamente é premiado a um lugar de gala no banco de reservas ou, em escala maior, ganha folga por não ser relacionado para a outra partida. Mas experimente jogar mal!!! Ahhh, aí sim! Você será escalado ad aeternum e terá a total confiança do treinador, vide Muralha, MA, Arão, Vaz, Gabriel…

Não dá mais! Chega desta insistência pródiga em manter um comandante que tem protagonizado a involução do time ao longo do tempo. Ele está totalmente perdido, absolutamente sem comando. Para que dar ovos selecionados se o cara não sabe fazer uma omelete? Pra que dar aquela picanha cortada na terceira veia e com dois dedos de gordura na mão de um churrasqueiro que vai fatiar a carne a favor da fibra, retirar a gordura e assá-la quase esturricada? Ontem nosso Zé Ricardo conseguiu ultrapassar o limite do tolerável. O time foi tétrico, passivo. E nosso treinador assistindo a tudo, calado à beira do gramado. Sinal de que perdeu a mão do elenco, que seu trabalho está definhando.

Nós temos um dos 3 melhores plantéis do Brasil, mas nosso time apresenta um futebol abaixo do medíocre, patético. Como confiar na recuperação do time se a piora técnica e tática estão sendo gradativas, onde estamos perdendo o padrão a cada partida e sendo confrontados em igualdade por elencos infinitamente inferiores ao nosso? Isso já vem de longe, desde o final da temporada passada. Não enxergo poder de mudança, além de começar a perceber a perda do elenco por parte do treinador atual. O cara teve toda uma pré-temporada, incremento de elenco, tempo para implantar sua filosofia. E o que vimos? Nada de novo, apenas invencionices reiteradamente utilizadas e adaptações esdrúxulas onde até volantes de ofício jogaram como ponteiros abertos para que o inexorável 4-3-3 continuasse a ser executado.

Um fato novo se faz mister, afinal de contas nosso elenco é melhor do que o do ano passado e vem sendo reforçado a cada janela, mas o futebol apresentado piorou sobremaneira. Isso é o que temos identificado há tempos, digo desde o final do ano passado. E as entrevistas coletivas pós-jogos? Podemos defini-las parafraseando o grande Renato Russo ao citarmos um trecho da letra de Acrilic on Canvas: “…sempre as mesmas desculpas, e desculpas nem sempre são sinceras. Quase nunca são…”. É mais do mesmo! Discurso pronto! Lugar comum. Citando ainda Humberto Gessinger, em parte da canção Quartos de Hotel: “…Tô num lugar comum, onde qualquer um se esconde, pra fazer a frase feita, e sentir os efeitos colaterais…”. Qualquer semelhança é mera coincidência. É isso, meus amigos!!! Que ele sinta esses efeitos! Já passou da hora.

Para finalizar, peço encarecidamente à diretoria que pare de contratar reforços. Parem! Se mantiverem o nosso treinador no cargo, contratar reforços é a mesma coisa que jogar dinheiro no lixo, a não ser que sua permanência seja vólucre, quase efêmera. Já que estamos numa linha de austeridade, deveríamos cobrar o futebol da mesma maneira que cobramos do financeiro, do marketing, do patrimônio, onde são exigidos solidez, liderança, pulso firme, efetividade, para citar apenas alguns preceitos básicos. Não é o que vemos, aliás, nunca vimos. E isso está se agravando. Somos cada vez mais passivos, mais tolerantes e pacientes. Mas até a paciência tibetana tem limite. E tenho a certeza absoluta que ele chegou ao fim, pelo menos por grande parte da torcida! Chegou a hora do basta! Ou continuaremos nessa linha filosófica quixotescamente dantesca? Depois não adianta dizer que não avisei, pois só nos restará lamber mais feridas! Vai pra cima deles Mengo!!!

O Flamengo Simplesmente é!
Saudações Rubro Negras a todos!

Fabio Monken

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Fonte: http://colunadoflamengo.com/2017/06/ate-quando-teremos-que-aturar-incompetencia/

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