Bandeira crê que modelo para a Gávea não encontrará rejeição de associação

Hoje apoiado pela prefeitura, o sonho de o Flamengo voltar a jogar na Gávea, recentemente praticamente impossível, tornou-se viável. Agora é preciso vencer outra resistência: a da AmaLeblon (Associação de Moradores e Amigos dos Leblon), que sempre reclamou do barulho e dos impactos no trânsito provocados pelas partidas realizadas no local. Eduardo Bandeira de Mello crê que isso será superado sem maiores problemas.

O aumento de opções no transporte público para chegar à casa rubro-negra, aliado à modernidade que o Flamengo entregará segundo afirma o presidente, serão trunfos para derrubar a oposição tradicionalmente feita pela AmaLeblon. No que o clube projeta, não está previsto estacionamento no estádio e ainda haverá um sistema capaz de inibir a propagação de barulho.

– Acho que não (a associação não reclamará). A ideia é fazer um estádio com proteção acústica. Hoje você já tem praticamente três estações de metrô que minimizam qualquer impacto de tráfego que no passado poderia ser problema. Vai ser um equipamento bonito e que vai valorizar a região – afirmou Bandeira, momentos após apresentar a palestra “Governança do Futebol: Tendências e Novos Padrões”, na PUC-RJ.

Questionado se está mais esperançoso em ver o time profissional retornar à Gávea após o aceno positivo do prefeito Marcelo Crivella, Bandeira lembrou que o desejo é antigo. Em contrapartida, tratou o processo como embrionário.

– Não é segredo para ninguém que temos esse sonho e que conversamos com todos os candidatos no ano passado, inclusive com o prefeito Crivella. Sinto que está com muito boa vontade para nos atender. Agora a coisa está no início, e ainda temos um longo caminho a percorrer.

O mandatário do Flamengo ainda não discute capacidade. No ano passado, durante o período das eleições municipais, falava em um palco para 20 mil pessoas. Como garante que o projeto para a Gávea ainda está engatinhando, não fala com precisão se será um estádio de pequeno, médio ou grande porte.

– Nós estamos no início ainda de conversas, isso tudo teria que ser avaliado com arquitetos. Tudo depende do andamento da questão do Maracanã. Se o Maracanã for entregue a uma entidade hostil ou a atravessadores, vamos ter que partir para um estádio próprio maior. Pode ser na Gávea ou não ser.

Em caso de o Maracanã ser excluído das opções rubro-negras – diante de todo o impasse que se observa – e a Gávea ter de ser remodelada em tamanho reduzido, o presidente não descarta a possibilidade de o Rubro-Negro trabalhar com duas arenas. Uma maior, a ser construída em terrenos que estão sob avaliação do clube – Niterói e Zona Oeste são opções – e a Gávea como a opção para jogos de menor porte.

– Pode. Cabe sempre trabalhar com um estádio pequeno e com um maior, mas isso é uma coisa para se tratar daqui para frente – desconversou.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2017/03/bandeira-cre-que-modelo-para-gavea-nao-encontrara-rejeicao-de-associacao.html

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