Brasileirão-2018: Com comando indefinido, Fla sofre pressão por título

O Flamengo entra no Campeonato Brasileiro com uma certeza: a pressão será pela disputa do título. No mais, o cenário do clube da Gávea está recheado de dúvidas, começando pelo comando técnico. A equipe estreia sábado, contra o Vitória, dirigido pelo auxiliar e interino Maurício Barbieri. O jogo é no Barradão.

A saída de Carpegiani e de outros profissionais do departamento de futebol fez com que o Flamengo voltasse à “estaca zero” semanas antes do Brasileirão, mas isso não servirá de desculpas para uma eventual campanha abaixo da expectativa criada pelo investimento alto no elenco realizado nos últimos anos.

Ou seja, a exigência será pela presença nas primeiras posições e, além de um bom futebol, a torcida cobrará um time com “alma”. Os recentes fracassos não foram esquecidos pelos torcedores que anseiam por um título de expressão.

No papel, o Flamengo é capaz de corresponder as expectativas. São pelo menos duas boas opções por posição, o que dá a quem for o treinador a conciliar reservas e titular e disputar todos torneios com uma boa equipe.

A missão do comandante – que se encaminha para ser Maurício Barbieri devido às restrições do mercado – será encaixar esse time, o que aconteceu em poucos momentos nos últimos anos. Com Zé Ricardo primeiro e, depois, com Rueda.

Aproveitamento em 2018

Entre os 20 clubes da Série A, o Flamengo iniciará o Campeonato Brasileiro com o quarto melhor aproveitamento na temporada: alcançou 70,59% dos pontos. Até agora, foram 17 partidas, com 11 vitórias, três empates e três derrotas.

O time, comandado por Carpegiani nos jogos oficiais, fez 27 gols e sofreu 11. A queda do treinador, por sua vez, aconteceu após a derrota para o Botafogo, que causou a eliminação do Flamengo na semifinal do Campeonato Carioca.

No primeiro turno, o Rubro-Negro venceu de forma invicta a Taça Guanabara.

Na Copa Libertadores, o Flamengo lidera o Grupo 4, considerado um dos mais difíceis do torneio. Na estreia, com portões fechados, empate em 2 a 2 com o River Plate, da Argentina, no Estádio Nilton Santos. Com dois gols de Vinicius Júnior, o Rubro-Negro venceu por 2 a 1 o Emelec, no Equador, na 2ª rodada.

Aproveitamento: 70,59% (11V, 3E e 3D)
Carioca: eliminado na semifinal
Libertadores: 4 pontos (líder do Grupo 4)
Copa do Brasil: entra nas oitavas de final

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Opinião do editor – Carlos Alberto Vieira

“Os concorrentes da Série A são divididos em dois grupos claros: 13 times que vão disputar o rebaixamento e sete que estão ali para brigar pelo título. O Flamengo faz parte destes sete, mas é exatamente aquele na qual paira a maior incógnita. Isso porque tem um time qualificado tecnicamente e com medalhões. Porém, há mais de um ano mostra pouco poder de fogo.

Domina, domina, mas pouco chuta e, nos jogos mais importantes, não faz gol.

Seus principais jogadores – Diego, Everton Ribeiro e Henrique Dourado – não estão fazendo diferença.

Para completar, começa o Brasileirão sem treinador definido (o sonho a diretoria queria), com o “interino” Barbieri.

O time pode ir longe? Pode. Mas a questão é que a teoria (ter um bom time) precisa se impor na prática. O lado bom é que as primeiras rodadas (sempre contra adversários que estarão lutando contra a degola) podem dar o gás suficiente para que o time faça muitos pontos e se motive para seguir no topo.”

Barbieri conversa com os atletas (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

O time-base e as opções do elenco

O sistema de jogo adotado por Carpegiani em 2018, com o time atuando no 4-1-4-1, pode ser alterado pelo auxiliar Maurício Barbieri ou pelo novo treinador que venha a ser contratado. O Fla jogou a maioria das partidas com Jonas ou Cuéllar à frente da zaga e uma linha de quatro meias: Lucas Paquetá, Diego, Éverton Ribeiro e Everton. Henrique Dourado é a referência no setor ofensivo.

Confira qual foi o time-base do Flamengo até o início do Brasileirão-2018:

Há duas semanas no comando do Flamengo como interino, Maurício Barbieri indicou que fará mudanças, seja na postura do time, seja no esquema de jogo.

A primeira opção é a saída de Éverton Ribeiro para a entrada de Willian Arão. A entrada de outro volante ao lado de Cuéllar deixa o meio de campo mais encorpado e diminui a obrigação defensiva de Diego e Everton, por exemplo.

As laterais são questionadas e ninguém, em 2018, tomou conta das posições. Renê e Rodinei são os atuais titulares, mas Trauco e Pará brigam pelas vagas.

Além disso, o Flamengo voltará a contar com Paolo Guerrero a partir do dia 3 de maio, quando termina a suspensão do peruano por doping. A tendência é que o camisa 9 recupere a titularidade e Dourado seja opção entre os reservas.

Veja como o Flamengo pode passar a atuar na sequência da atual temporada:

Guerrero e Diego precisam ser “os caras” do Flamengo (F: Divulgação)

Fonte: http://www.lance.com.br/flamengo/guia-brasileirao-2018.html

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