Campeonato Carioca! Vale ou não vale?

Salve, Salve, Nação Mais Linda do Mundo!

Hoje discutiremos um tema relativamente polêmico. Aliás, qual tema não é polêmico em se tratando de Flamengo rsrs? O Campeonato Carioca ou FERJÃO, ou EURICÃO, ou até mesmo Carioqueta já perdeu sua credibilidade há muito tempo, não é mesmo? Se voltarmos aos áureos tempos do famoso e nefasto Eduardo Vianna (o Caixa D’água) lembraremos com pesar seu poder inigualável de manobras, subterfúgios e sofismas inigualáveis em despudoramento, falta de ética e desrespeito às regras pré-estabelecidas. Tudo era possível e mutável para atender aos interesses (na maioria das vezes escusos) de seus aliados e ajudá-los da melhor maneira e no menor tempo possíveis.

Logo após seu falecimento tomou posse o Sr. Rubens Lopes (o Rubinho), ex-presidente do Bangu e vice de Eduardo Vianna. Nada mudou! O que pudemos perceber foi mais retrocesso! A fórmula do Campeonato Carioca, que era tão elogiada pelos comentaristas esportivos e até por atletas e comissão técnicas de times de outros estados, foi mudada. Criaram um Frankenstein onde os campeões de turno e returno poderiam, de acordo com suas classificações (desconsideradas as semifinais) não disputar as finais. Surreal, sensacionalmente bestial. Gostaria de saber qual foi o idiota que inventou essa fórmula. Essa forma de classificação suscita suspeição. Devemos nos indagar se essa forma de disputa não teria sido criada para favorecer um certo time aliado (diria mancomunado) com a FERJ desde sempre. Uma equipe que já foi rebaixada várias vezes no brasileirão mesmo após abocanhar (literalmente) o título estadual e que anda mal das finanças (embora os balanços maquiados e seu maquiavélico presidente digam que não). Uma agremiação que vem perdendo bons valores do elenco sem o repor à altura. Vocês sabem de quem se trata né?

Mas vamos ater-nos ao que nos propomos a escrever, a validade ou não deste torneio que já foi célebre em revelação de jogadores e divisor de águas entre um time ir bem na temporada ou ver ruir o trabalho após um revés nas finais do certame. Campeonato que já foi, muito tempo atrás, mais importante até que o Brasileirão! Acredito que esse torneio não valha muita coisa. Gostaria que o Flamengo o encarasse como uma pré-temporada de luxo e que o utilizasse para realizar testes de todo tipo, variações de esquemas, escalações de jogadores em posições pouco usuais e testes efetivos, da equipe considerada ideal, quando um clássico viesse a ser disputado. Não creio que o torneio sirva para mais alguma coisa.

Isso seria o melhor dos mundos, a utopia! O problema é que existe um fator importantíssimo a ser considerado: a bipolaridade da Nação! Isso mesmo: o torcedor do Flamengo, diferentemente da maioria dos torcedores, é extremamente passional! Se ele consegue variar pelos extremos (melhor ou pior, céu e inferno, bunda de fora ou calça de veludo) durante apenas 90 minutos, quiçá durante um campeonato inteiro. Se ganha é passaporte para o mundial de clubes, se perde tem que mudar tudo. Menos galera! Bem menos! O que deve haver é uma consciência de certo e errado e uma análise mutio mais macro do que micro (diria quase infinitesimal). A partir de uma análise séria e colocando o coração de lado, podemos analisar de forma bem honesta a nossa equipe e pontuar o que deve ser mantido e os pontos passíveis de mudança.

Analisando um pouco mais a fundo, podemos dizer que o estadual serve apenas para derrubar técnicos. Digo isso baseado em declarações colhidas pela maioria da torcida rubro-negra que considera, numa bipolaridade assombrosa e com a mesma intensidade, que o campeonato não vale nem um tostão furado e que sua conquista é uma obrigação. Ora bolas, se não vale nada, não vale nada! Se nada vale não deveria haver cobranças e não deveríamos cobrar o título. Considero até ser legítimo o direito a essa cobrança se levarmos em conta a disparidade de nosso elenco em relação aos demais “grandes” dos estado, mas afirmo peremptoriamente que essa diferença será refletida ao longo do campeonato Brasileiro, mais justo, menos tendencioso com relação às arbitragens e que premia realmente os melhores, afinal de contas não existem semifinais e finais disputadas em apenas um jogo, fazendo com que o melhor possa ter seu título alijado por uma apresentação abaixo do esperado, diferentemente do torneio idealizado pela cúpula da FERJ.

Em suma, há prós e contras em relação à disputa do campeonato estadual (mesmo em outros estados). Mas considero o ônus muito maior que o bônus. Juízes mal preparados, mal escalados (ou não) e com intenções dúbias, déficit financeiro, regras alteradas por arbitrais surreais e na calada da noite, privilégio a clubes aliados e segregação aos contestadores, taxa absurdamente alta cobrada sobre o valor (bruto) das arrecadações, regulamento exdrúxulo e quase nenhuma clareza no tocante à resolução de conflitos e pendências. Tudo isso faz com que a péssima credibilidade do campeonato seja majorada (os caras se superam; são engenheiros, bachareis…). A parte boa é aquela onde podemos testar, treinar, fazer mudanças de posicionamento e de ordem tática para que entremos afiados nas competiçoes que realmente valem.

Então é isso galera. Espero que tenham gostado da coluna desta semana sem Flamengo. Ficamos órfãos do Mais Querido durante o final de semana passado e ao longo de toda essa semana útil que se encerra hoje (amanhã é feriado!). Vamos ver como nosso Mengão se sairá na semifinal do campeonato carioca de 2017 (agora valendo) contra o Chororô FC. É aguardar para ver e torcer para que ganhemos. Só não podemos ficar fulos de raiva se o Zé Ricardo usar a partida para testar mais algumas opções para acertar o time que joga sem o Diego. Afinal de contas, o jogo que realmente vale é o da próxima quarta-feira, em Curitiba! Nem poderemos reclamar caso o juiz da partida cometa erros que favoreçam o nosso adversário (afinal eles são comuns e nós já deveríamos ter nos acostumado a isso). Vai pra cima deles Mengo!!!

O Flamengo Simplesmente é!
Saudações Rubro Negras a todos!

Fabio Monken

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Fonte: http://colunadoflamengo.com/2017/04/campeonato-carioca-vale-ou-nao-vale/

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