A decisão da CBF em adiar a convocação da seleção para os jogos das Eliminatórias contra Colômbia e Argentina, prevista para esta sexta-feira, teve como principal objetivo ganhar tempo. A comissão técnica precisará fazer contatos oficiais com cada país e clube aos quais pertencem os atletas europeus chamados, para saber se haverá liberação.

Pela nova regra da Fifa, vale o que os países definirem em relação a saída e retorno dos jogadores e a necessidade de quarentena diante da nova escalada da pandemia do coronavírus pelo mundo.

Ciente disso, a coordenação da seleção brasileira já recebeu as informações necessárias da área médica da CBF para seguir os protocolos internos, do Brasil e da América do Sul, mas no caso da convocação de atletas de clubes europeus uma nova rodada de negociações precisa acontecer.

As decisões dos países europeus mudam de acordo com a curva epidemiológica de cada um deles. Portanto, é possível receber aval para convocar jogadores da França e não da Itália, por exemplo.

A CBF vai analisar caso a caso e vai respeitar o acordado com os clubes e a regra de cada país para o retorno, mas considera a situação complicada para o andamento das partidas e competições. Uma lista mais extensa, com um número maior do que os tradicionais 23 atletas, já está em fase de preparação.

E há chance de a lista ter apenas atletas de clubes brasileiros. Nesse cenário, o Flamengo demonstra preocupação. Pois seus titulares retornam de recesso no dia 15 de março, apenas, para retomar a temporada. Rodrigo Caio, Gerson, Éverton Ribeiro e Gabigol foram elogiados por Tite recentemente.

O técnico considera enviar os convocados até o dia 7, domingo, 15 dias antes da data Fifa, dia 22, quando a seleção brasileira se apresenta. O Brasil enfrenta a Colômbia, em Bogotá, no dia 26, e a Argentina, dia 30, na Arena Pernambuco.