Coluna do Torcedor: “A dor de cabeça ideal”

Vivemos em uma época do futebol em que o número de competições nos faz ligar o sinal de alerta para termos um plantel numeroso e de qualidade. Ter boas reposições e peças que dê ao time uma variação tática é de suma importância para o fortalecimento da equipe, a fim de fazer boas campanhas nos torneios que for disputar.

É inegável que no atual cenário o Flamengo possui um elenco muito forte e muitas peças que podem mudar o panorama da partida, tanto taticamente como tecnicamente; visto que, mantemos a base de um time que entrou no G4 do campeonato passado (mesmo com todos os problemas) e trouxemos peças certeiras para carência do elenco. Isso explica a dificuldade de montar um time ideal mesmo com Dário Conca não estando á disposição no momento.

Em minha opinião, não acho que Zé Ricardo mexerá no que diz respeito a zagueiros, volantes e lateral direita. Muralha, Pará, Réver, Vaz, Rômulo e Arão são titulares absolutos nesse time. O desafio estará na lateral esquerda, onde terá uma briga de estilos. Renê é um lateral muito marcador e só vai “na boa”, enquanto Trauco é um lateral técnico e forte ofensivamente, porém peca na parte defensiva. Dependendo da forma que Zé Ricardo escalar a parte ofensiva, o lateral brasileiro levará vantagem sobre o peruano.

No ataque, Zé Ricardo terá uma boa dor de cabeça. Se optar por manter a estrutura tática de 2016, Éverton e Berrío serão os titulares. Com essa formação, vejo Trauco com melhor apoio defensivo e ficaria menos sobrecarregado. Zé também pode optar por manter Mancuello na equipe e coloca-lo na esquerda. O time ganharia maior qualidade técnica, porém perderia um pouco da recomposição defensiva, o que me faz pensar que Renê seria o escolhido para a lateral. O técnico rubro negro pode manter a formação atual e colocar Berrío na esquerda, assim poderia manter Trauco, já que o colombiano faz muito bem a função defensiva como Éverton.

Uma opção técnica que surge no Flamengo é com Trauco jogando como um meia pela esquerda, Diego no meio e Berrío pelo lado direito. Assim, Renê seria o lateral e Trauco teria menos obrigações defensivas.

Falando um pouco de Dário Conca, eu o vejo como a cereja do bolo. Imagino que ele se recuperando, tendo tempo para se ambientar e sem nenhum peso de resolver; vai dar super certo. No meu ponto de vista, ele pode sim jogar ao lado de Diego em um 4-2-2-2 e dar muita qualidade e criatividade ao time do Flamengo. Para os que não acreditam em sua recuperação, o que me faz ficar mais tranquila é saber que se Conca não der certo, na pior das hipóteses ele será reserva do Diego.

De tão vasto que é o elenco, eu poderia ficar horas e horas falando de variações táticas. Podemos pensar em Arão de primeiro volante e Mancuello de segundo quando o Flamengo estiver perdendo; poderíamos pensar em um esquema com 3 zagueiros com Pará e Trauco como alas e Diego municiando Berrío e Guerrero. Quem sabe Éderson se recuperando…

Aliado a tudo isso, temos uma garotada fortíssima que pede passagem. Thiago, Léo Duarte, Ronaldo, Paquetá, Sávio, Vizeu, Vinícius Jr, Hugo Moura, Dener, Moraes… Há quanto tempo não temos um elenco tão forte e recheado de opções?

Espero que Zé Ricardo consiga extrair o máximo de cada jogador e que busque o equilíbrio dessa equipe. Além de tantas opções no elenco, teremos uma casa fixa esse ano e um dos melhores centros de treinamento do mundo (palavra de Joaquim Grava, chefe do departamento médico do CORINTHIANS). Nosso elenco não deve em nada a nenhum time da América Latina, e vamos com tudo em busca do Bi da Libertadores e do Bi Mundial (para a tristeza da FIFA).

Uma saudação Rubro Negra

Giulia Vargas


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Fonte: http://colunadoflamengo.com/2017/02/coluna-do-torcedor-dor-de-cabeca-ideal/

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