Dizem que o Brasil é o “país do futebol”. Na parte teórica para quem vê de fora, considera que aqui é um lugar onde se encontra um futebol de altíssimo nível, recheado de jogadores com grande potencial técnico. Cada partida é um show a parte.
Mas não é bem o que aparenta ser, infelizmente, portamos uma cultura de não valorizar um jogador que vem das categorias de base. Quando surge um novo talento, logo aparece um “bicho papão” de origem europeia com suas cifras sedutoras. E lá se vai mais uma joia que não tivemos a oportunidade de prestigiar a evolução em nosso “quintal”. E a bola da vez, foi o nosso lateral esquerdo Jorge.
Desde os primeiros jogos no time profissional, o nosso “garoto do Ninho” já comprovava de que não seria apenas mais um atleta vindo do “berço Rubro Negro”. Jorge desfruta a capacidade de se “autodescrever” em campo. Com seu estilo de jogo sereno, aparentando ser um veterano em ação, com muita inteligência quando atacava, dribles de quem jogou futebol de salão, mas um tanto preguiçoso principalmente na hora de defender.
Como um amigo seu que possui uma habilidade considerável, vem até você e diz: “Eu penso e você corre. Aqui meu parceiro, é a bola que corre”. É o que sempre penso com relação a essa moleza que o jogador obtém. Não duvido muito de que este tema seja a resenha entre ele e o “motorzinho” Everton.
Jorge foi um de nossos pilares na campanha do Campeonato Brasileiro de 2016. Como resultado, foi premiado como melhor de sua posição na competição nacional.
Desde o inicio tínhamos consciência de que seria difícil segurá-lo por muito tempo. Mas daí me vem inúmeras perguntas em mente. Será que realmente foi um bom negócio para nós, financeiramente como tecnicamente? E que tal, manter o atleta por mais tempo para que o próprio alcance uma valorização maior?
O Flamengo está para disputar a Libertadores, uma competição internacional e que proporciona experiência ao atleta. Se porventura o time consegue efetuar uma boa campanha, vindo a disputar uma final (São Judas e o Senhor, que é do Flamengo, querem!) obviamente teria a progressão no passe dele.
Por que não podem mantê-lo por pelo menos, mais um ano?!
Infelizmente essa não será a primeira e nem a última vez. O que nos resta nesse exato momento, é agradecer ao Jorge por tudo que ele fez enquanto esteve conosco, por cada jogada, cruzamento, drible, sem esquecer daquele memorável lençol duplo no Camilo… Mesmo sendo “bicho preguiça” na hora da marcação.
Que possamos ter o privilégio de tê-lo conosco no futuro. Boa sorte, sucesso e que você esteja na Copa do Mundo de 2018 desbancando o Marcelo!
Caio Rodrigues
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Fonte: http://colunadoflamengo.com/2017/01/coluna-do-torcedor-velha-mania-de-sempre/
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