Coluna do Torcedor: “O que falar sobre este sorteio?”

Há 13 anos acompanho o Flamengo e percebi que o time se nivela pela dificuldade enfrentada. Temos uma camisa que sobrepõe qualquer outra, entretanto devemos respeitar o time do outro lado antes de tudo. Como já dizia Ghigia (Carrasco da Copa de 50), o clube deve respeitar o outro, mas nunca temer. É preferível um grupo nesse nível, do que um ‘meia boca’, e falo isso com referência a desempenhos anteriores. O nível de atenção para enfrentarmos os já definidos, Argentinos e Chilenos terá de ser redobrada. São times acostumados a jogar a Copa Santander Libertadores, ‘catimbeiros’, mas com um bom futebol.

A preocupação fará a diretoria pensar, cada vez mais, no futebol, tendendo a fortalecer o elenco, o que já é bom. Temos jogadores experientes para a competição, como Diego, Guerrero, Pará e o recém-chegado Trauco, os próximos três contratados devem seguir esse nível e os atuais dirigentes rubro-negros devem entender isso para que o cheirinho do bicampeonato floresça.

O San Lorenzo, é abençoado pelo Papa (nós somos pelo Cristo Redentor), e mesmo com muitas participações no campeonato tem apenas um título da Libertadores, conquistado em 2014. Atualmente é terceiro colocado do Campeonato Argentino, tem um time organizado e que sabe jogar com a bola no pé, envolvendo o adversário com uma tática estabelecida.

Para isso conta com seu principal jogador, Leandro Romagnoli, de 35 anos, pela sua liderança e óbvio, técnica ímpar que tem. Além do camisa 10 chama a atenção outros jogadores importantes para o elenco e que há muito tempo se destacam, seja em seus times ou em suas seleções, como o paraguaio Ortigoza (32), o jovem meia Ezequiel Ávila (22), o lateral Emmanuel Más (que já foi pretendido pelo mengão) e os sempre perigosos Cauteruccio e Blandi.

Recentemente no Brasil, o técnico Aguirre é um exímio comandante, da escola do Bielsa, gosta de variar posições de jogadores e escalações de seu time, faz o grupo jogar com organização e procura sempre a posse de bola. Mesmo com a fraca passagem por clubes brasileiros, é considerado um técnico de ponta.

A melhor posição do Universidad Católica na Libertadores foi um vice-campeonato em 1993, é um time enjoado, com experiência em competições internacionais, mas que nem sempre faz jus a sua fama. O jogador de maior destaque do atual plantel é o atacante Fuenzalida, que não é um primor, mas tem uma regularidade considerável para o time. Aliado a ele o outro atacante Noir chama a atenção, pelo poder de definição.

Buonanotte e Mirosevic são os responsáveis por armar o time e levar o clube ao ataque. São jogadores capazes de esquentar um jogo, com um passe de primeira, ou uma jogada diferenciada. Comandados pelo Mario Salas, a equipe promete ser uma pedra no sapato neste grupo. Com relação a terceira e última vaga, acredito que o Atlético Paranaense, com seu diferencial fará deste grupo o mais complicado.

O fator campo e grama sintética é um diferencial que a equipe usou no último brasileiro, o qual só perdeu uma vez em casa, para o vencedor do campeonato, o Palmeiras. A torcida faz do estádio um caldeirão, que treme e empurra o time. Temos a possibilidade de enfraquece-los, caso haja realmente uma troca entre o Cirino e o Marcos Guilherme. Apesar da perda do excelente jogador Hernani, Paulo Autori realiza contratações importantes para o elenco, como o Grafitti. O jogador que vejo como ponto de ebulição é o argentino Lucho González, cerebral e organizador, o atleta trata a pelota com refinamento e merece atenção especial.

O grupo pode parecer difícil, entretanto as curtas viagens podem servir como lado positivo para o nosso mengo ter uma logística de viagens e treinos antes dos jogos bem definida. Ainda mais que teremos casa, sim 2017 ninguém segura o Caldeirão Rubro-Negro e o Maracanã? Que seja entregue aos atravessadores, como fala nosso presidente Bandeira, mesmo achando que as moscas chegarão primeiro.

Para um 2017 perfumado, basta a equipe Rubro-Negra tenha cautela nas últimas três contratações para fechar o elenco, velocidade e inteligência. Além disso, precisamos rever os jogadores que estão no elenco, quais devem e merecem realmente ficar e quais estão desgastados. Acho que a Nação espera que este sorteio sirva de incentivo maior no futebol. Que 2017 seja melhor que o segundo semestre que tivemos esse ano.

SRN

Saullo Hipolito


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Fonte: http://colunadoflamengo.com/2016/12/coluna-do-torcedor-o-que-falar-sobre-este-sorteio/

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