Coluna do Torcedor: “Quando custa um título?”

Amigos,

Após a partida entre Flamengo x Botafogo pelo segundo turno que praticamente decretou que o cheirinho ficará para 2017. Lí várias colunas de amigos rubro-negros com várias ponderações e reclamações (a maioria justas creio). Mas apesar do sabor amargo na garganta ainda tive que ver o comentário do Roger Flores dizendo que o ano do Flamengo foi muito ruim. Com a cabeça mais fria refleti muito se haveria algum fundo de verdade nisso. E a conclusão que cheguei foi que não existe a menor hipótese dele estar certo. A construção de um time não se faz do dia para outro ou de um ano para outro, é um processo de garimpar peças que tenham mesmas afinidades, interesses e principalmente que estejam em seu melhor momento. A conquista de um título não se aplica apenas a dizer que em 12 pontos ganhamos apenas 3. Título se conquista nos detalhes, detalhes esses que vão do primeiro jogo até o último. Repassem os jogos, vou lembrar apenas poucos momentos para vermos quanta diferença fez.

1) Flamengo 2 x 2 São Paulo, perdemos um pênalti no último minuto da partida (menos 2 pontos),

2) Flamengo 3 x 3 Botafogo, tomamos 2 gols faltando 10 min para o fim da partida (menos 2 pontos),

3) Flamengo 0 x 0 Santos pênalti claro não marcado e inúmeras chances de gols perdidas (menos 2 pontos).

Somem apenas esses pontos perdidos nos detalhes (houveram outros) e veremos que ganhar 3 pontos em 12 não faria diferença, pois ainda estaríamos na briga. O campeonato é forte, todos os times oscilam em algum momento. O que conseguir oscilar durante menos tempo leva. A quantos jogos vocês veem o Palmeiras ganhar ou pontuar sem convencer ?? Eu contei pelo menos uns seis. Mas o detalhe foi a favor deles. Ex. Figueirense 1 x 2 Palmeiras, Sta Cruz 2 x 3 Palmeiras.

Tivemos vários erros individuais bobos tipo o Rafael Vaz atrasando uma bola fácil e perdemos um Fla x Flu que na pior das hipóteses teria sido empate.

Resumindo, um campeonato difícil como o nosso se ganha com plantel e nos detalhes do primeiro ao último jogo, chega de crucificar o Márcio Araújo. É tolice ficar buscando culpados, em algum momento, em alguns desses vários jogos sempre existirá um ou outro jogador que sai da curva e faz sua lambança.

Creio que o mais importante nisso tudo é que vemos um esboço de time já pronto, este time já apresenta um forma de jogar, trocando algumas peças poderemos variar mais jogadas aumentar nosso leque de opções. No início deste ano nossas chances de fazer um bom papel no Brasileiro sem contar com o Maracanã era remota e no entanto e apesar de tudo chegamos na frente de muitos. Os equipamentos que foram comprados fizeram grande diferença (pouquíssimas baixas por contusões se levarmos em conta o tanto de tempo que perdemos com viajem diminuindo nosso tempo de recuperação).

Em nossa história recente estávamos lutando muito apenas para conseguir ficar na parte de cima da tabela, e agora, mesmo sem estádio fixo, brigamos pelo título e temos como iniciar um ano com um time que não precisará ser desmanchado e refeito, será apenas lapidado. O nome FLAMENGO voltou a incomodar os adversários (lembram do chilique do nobre menino mimado.. kkkk) isso sim faz a diferença, o medo deles voltou.

Roger Flores, você está errado. Este ano não foi ruim para o FLAMENGO. Este ano marcou o retorno do FLAMENGO ao local de onde nunca devia ter saído. Hoje o FLAMENGO voltou a ser o time que brigará sempre pelos títulos, não mais como bravata de inicio de ano, mas como o clube que fez seu dever de casa e mesmo sem ter meninos mimados para injetar milhões do próprio bolso montou sua estrutura vencedora e solidificou as bases do nosso sucesso.

Independente de ganhar títulos, fazer parte dos quatro principais times (sejam quem for) do Brasil é dever do FLAMENGO e agora é fato. Voltamos para ficar. Voltamos a incomodar. Que nos aguardem.

SRN

Sergio DI Renna


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Fonte: http://colunadoflamengo.com/2016/11/coluna-do-torcedor-quando-custa-um-titulo/

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