Podem até me chamar de modinha, de novo, por voltar a comentar as opções do Zé Ricardo. Para falar a verdade, eu critico de teimoso, porque, desde o último jogo da Copinha São Paulo, quando fomos campeões nos pênaltis, depois de jogar uma partida covarde, que só acreditava no campeonato por três motivos, que nada têm a ver com o “treinador”: a tradição da nossa camisa, a força da nossa torcida e a limitação dos adversários.
Sim, amigos e amigas rubro-negras, limitação, sim, porque nunca assisti a um campeonato brasileiro com times tão medíocres em campo. E, quando olhava o nosso banco, e via Donatti, Cuéllar, Mancuello, Vizeu, Sheik, Paquetá, Leandro Damião, enfim, via jogadores que seriam titulares em quaisquer outros times do campeonato, pensava: um treinador experiente, com esse plantel, seria campeão com certa facilidade.
E seríamos mesmo, se não cometêssemos a covardia de recuar e chamar para o nosso campo adversários que, aparentemente, já estavam batidos. Fizemos isso em vários jogos, culminando com a partida contra o Atlético Mineiro, que, por sinal, acaba de perder para o Coritiba por 2 x 0, sem que o técnico do Coxa tenha tirado o Kleber Gladiador ou outro atacante para “garantir” quando estava 1 x 0.
Mesmo com a covardia do nosso técnico, devemos conquistar, ao menos, uma das três vagas diretas para a Libertadores da América, alcançando, assim, a meta traçada pela diretoria no início do ano. E tenho certeza de que o elenco, se já é qualificado, o será ainda mais, com os sucessivos superávits alcançados.
Só espero que, se permanecer o Zé Ricardo para 2017, a diretoria tenha um papo reto com ele e explique o que é ser treinador do Flamengo, tipo “meu filho, a nossa torcida não é somente a maior do país, é, também, a mais otimista. Nossos times sempre têm de jogar tentando fazer mais gols, não tente trazer o time para a retranca, pois nossa torcida não deixa; você pode até perder o jogo, mas perca lutando pra vencer, nunca por covardia”.
Embora o Palmeiras também esteja jogando muito mal, infelizmente parece que não poderemos mais alcançá-lo e espero, sinceramente, que eu esteja errado. Mas, de uma coisa eu seu que estou certo: esse era o mais fácil Brasileiro de todos os tempos, mas nós não poderemos ganhá-lo se o treinador fecha a semana inteira de treinos para a imprensa e, quando chega o jogo, coloca em campo os mesmos jogadores e esquema que só conquistou três pontos em 12 disputados.
Mauro Veríssimo
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