A tensão instaurada na Turquia por conta da tentativa de
golpe militar pode complicar o desfecho da transferência de Diego. Mas o
Flamengo segue fazendo a sua parte e avançando para minimizar os fatores
externos. Assim, já está pronto o contrato com o jogador, que vai assinar um
termo com duração de três anos. No entanto, tudo ainda depende de seu
desligamento do Fenerbahçe.
O documento foi encaminhado para Diego e seus
representantes, depois que os detalhes foram acertados pessoalmente com o pai
do jogador, Djair Ribas, na última semana. O advogado de Diego está Istambul
para acertar a rescisão do contrato com o Fenerbahçe, e aí que a situação
política da Turquia pode ser um complicador.
Todo o esforço vem sendo feito para que a rescisão seja
protocolada até a próxima terça-feira, quando fecha a janela de transferências
da Europa para o Brasil. Caso isso não ocorra por conta da questão política –
e, por exemplo, a Federação Turca de Futebol não consiga oficializar o distrato
–, Diego seria obrigado a acionar a Fifa.
O procedimento seria apresentar à Fifa a documentação que
comprovasse tanto o acordo de rescisão como o acordo com o Flamengo, explicando
que o trâmite não ocorreu a tempo devido a fatores alheios ao futebol. No
entanto, a autorização da Fifa não seria automática, passando por uma
avaliação. Por exemplo, quando começou a guerra civil da Ucrânia, em 2014,
alguns jogadores tentaram o desligamento de seus clubes usando argumento
semelhante, mas não tiveram sucesso.
Mesmo assim o Flamengo mostra-se confiante. O clube tem se
consultado com advogados especialistas e, assim, acredita que, mesmo que a
rescisão não seja assinada a tempo, ela poderia ser feita com uma data
retroativa, isto é, antes do fechamento da janela.
Diego segue em férias em São Paulo acompanhando os passos
seguintes, até para saber se precisará ir até a Turquia assinar a rescisão. O
mais provável é que seu advogado o faça por meio de uma procuração.
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