Contra o Santos, Flamengo tenta manter identidade de jogo

O Flamengo terá contra o Santos, nesta quarta-feira, às 21h45m, a última chance de vencer um confronto direto contra uma das equipes do alto da tabela do Brasileiro no primeiro turno. Até agora, empatou cinco, perdeu duas e venceu apenas uma, contra o Vasco, no duelo com os dez primeiros colocados. Mesmo fora de casa, a postura prometida é a mesma, de posse de bola, apesar dos riscos vistos nas últimas partidas.

A vulnerabilidade da defesa é tratada no clube como um efeito colateral de sua identidade. Ao manter a bola no ataque e pressionar o adversário, o Flamengo deixa espaço atrás. Foi assim contra o Corinthians, Palmeiras e Grêmio, os time do G-4 que não venceu.

— No futebol não existe time perfeito. Se ataca muito, corre risco na defesa. Se defende muito, não leva tanto perigo. Temos que arriscar e buscar o equilíbrio. Sem medo. Sempre foi assim no Flamengo — defendeu Juan, que substitui Vaz.

RETORNO DE ARÃO

Zé Ricardo deve voltar com Willian Arão ao time, mas a tática é a mesma. Quinto colocado, o Flamengo pode assumir a terceira posição do rival. E sabe que para ser campeão, precisa vencer fora, especialmente nos confrontos diretos.

— Falta a vitória. Para chegar ao topo tem que ganhar fora de casa. Mas contra todos esses times (de cima) atuamos de igual para igual. Importante continuar assim. Tem que valorizar também o jogo coletivo — pediu Juan.

O Flamengo se planejou para ser protagonista das seis competições que disputaria em 2017. A queda na Libertadores depois do título estadual invicto aumentou a cobrança por uma conquista de expressão, mas a ideia propagada como mantra pela torcida, de que o “Brasileiro é obrigação”, internamente não deixa os jogadores e a comissão técnica tão pressionados.

Há o entendimento de que o clube se reestruturou para brigar por troféus importantes todo ano, de forma irreversível. Se não for o Brasileiro, já que o Corinthians disparou, pode ser a Copa do Brasil ou a Sul-Americana. O objetivo principal é voltar à Libertadores todo ano. E deixar no passado o drama contra o rebaixamento. A meta é não sair do G-3, grupo que se classifica diretamente para a Libertadores.

Para isso, dizem os dirigentes, o clube se reestruturou financeiramente, conseguiu montar um elenco qualificado e é questão de tempo que os resultados venham com frequência. Na ansiedade de que o sonho se torne realidade, a torcida cobra a cada escalação, pede a saída de Zé Ricardo e critica quem comanda o futebol.

Se não vencer Santos e Vitória, o Fla já piora o primeiro turno em relação ao ano passado. Depois, volta atenções para a Sul-Americana contra o Palestino (Chile), na semana que vem; e alterna jogos do Brasileiro frente a Atlético-MG e Atlético-GO e as semifinais da Copa do Brasil, diante do Botafogo. O time fecha o mês com o Atlético-PR, no Campeonato Brasileiro, e o Paraná, na Primeira Liga.

— O calendário é esse. Tem que ganhar tudo. Por mais que tenha um departamento médico capacitado, é difícil controlar. A gente tem feito as opções certas — exaltou Juan, sem priorizar títulos.

RODÍZIO NO BANCO

Zé Ricardo fará um rodízio no gol do Flamengo, que tem Diego Alves como titular no Brasileiro. Hoje, contra o Santos, quem estará no banco de reservas é o jovem Thiago. Muralha não viajou com a delegação e será o escolhido para o banco na partida diante do Vitória, no domingo. Na próxima semana, o clube ainda não poderá inscrever Diego Alves na Sul-Americana para o duelo de quarta-feira, contra o Palestino, pela segunda fase. Dia 16, contra o Botafogo, pela Copa do Brasil, o novo titular também não estará à disposição, pois não poderia ser inscrito. Muralha e Thiago brigam pela vaga.

Santos: Vanderlei, Victor Ferraz (Daniel Guedes), Lucas Veríssimo, David Braz e Jean Mota; Renato, Yuri e Lucas Lima; Copete, Bruno Henrique e Ricardo Oliveira.

Flamengo: Diego Alves, Pará, Réver, Juan e Trauco; Márcio Araújo, Willian Arão (Cuéllar) e Diego; Éverton Ribeiro, Guerrero e Éverton.

Fonte: https://oglobo.globo.com/esportes/contra-santos-flamengo-tenta-manter-identidade-de-jogo-21657697

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