Em sétimo lugar no Brasileiro, com 39 pontos e 10 vitórias em 26 jogos, o Flamengo tinha, no ano passado, na mesma rodada da competição, 11 pontos e cinco vitórias a mais e estava na vice-liderança. Os números mostram que, mesmo com o time mais caro, o rendimento piorou: é a primeira vez, desde que a atual gestão assumiu, em 2013, que o clube tem uma queda vertiginosa de desempenho em relação ao ano anterior.
Quando assumiu, há quatro anos, o presidente Eduardo Bandeira de Mello prometia, guiado pelo profissionalismo, consertar a casa e evoluir. E de fato vinha conseguindo. Em comparação ao desempenho do time até a 26ª rodada nos últimos cinco Brasileiros, depois que alcançou alguma estabilidade nos dois primeiros anos, o Flamengo evoluiu em 2015 e chegou ao ápice no ano passado.
VAGA NA LIBERTADORES
Em 2017, porém, a evolução sumiu — eliminação precoce na Libertadores, vice da Copa do Brasil e uma campanha muito aquém do esperado no Brasileiro. Para ao menos repetir a campanha do ano passado (3º colocado, com 71 pontos), o Flamengo precisará de aproveitamento de 89% até o fim do torneio. Basicamente: vencer dez, empatar um e perder só um dos 12 restantes.
O desempenho atual é pior até do que na mesma época de 2015. Há dois anos, o Flamengo teve um fim de campeonato ruim, e acabou em 12º, fora da Libertadores, tudo que a torcida não quer este ano.
— Sabemos que, no Flamengo, acontece uma coisa pequena e se transforma num furacão — disse o goleiro Diego Alves, ontem, em entrevista coletiva, ao comentar os números do rubro-negro este ano.
Ele reconhece, no entanto, que ficar de fora da Libertadores no ano que vem, é algo que não pode acontecer.
— O primeiro passo tem de ser no Brasileiro. Deixar bem claro que na Sul-Americana temos grandes possibilidades, mas a prioridade é chegar ao G-4 do Brasileiro — garantiu um camisa um.
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