Diego já é um dos que mais correm no Fla; ápice é esperado na reta final do Brasileiro

O melhor de Diego está por vir. A paciência no trabalho de condicionamento de seu principal reforço fará o Flamengo colher frutos na reta final da temporada. Em apenas três partidas, o meia provou o sucesso da preparação no Centro de Excelência em Performance, e é um dos que mais correm no time em termos de potência e distância — quase 12 quilômetros por jogo.

— Ele demonstrou muita força, velocidade e resistência. E pode melhorar. Pelas ações no GPS, ficou claro o deslocamento grande — analisa o preparador físico do clube, Daniel Gonçalves.

Ao lado do médico Márcio Tannure, o profissional planejou a pré-temporada de Diego há um mês. Logo que chegou ao Ninho do Urubu, o atleta chamou atenção pela boa condição física — força e equilíbrio muscular —, mas o ritmo de jogo era ruim em meio a dois meses de férias.

— O trabalho foi fazer pequenas correções posturais. Perdemos um tempo maior para que ele tivesse esse desempenho sem risco de lesão. Melhor perder tempo no processo e ter continuidade — ressalta Márcio Tannure.

No Centro de Excelência em Performance, Diego ganhou um roteiro de treinos personalizado, após relatar os trabalhos que fazia na Europa. A cultura trazida de lá ajudou bastante. E as atividades se sucederam como se o atleta estivesse aos poucos entrando em campo.

Na estreia, a previsão era atuar 60 minutos. No jogo seguinte, 80. Agora, Diego está pronto para as partidas inteiras.

— Ele vem progredindo. Está em situação física abaixo dos outros, mas tem evoluído acima da média. Em pouco tempo estará no mesmo padrão. Se acharmos que devemos segurar, faremos — diz o médico.

Para Daniel Gonçalves, é possível afirmar que o meia chegará à reta final do Brasileiro no seu melhor nível.

— Diego precisa de seis a oito semanas para o desempenho ótimo. A sequência aprimora a parte física. Na reta final, o nível será melhor.

Comportamento e padrão europeu vira exemplo para elenco

Diego chegou ao Flamengo e logo comprou a ideia desenvolvida pelo clube na área de prevenção de lesões. O comportamento virou imediatamente exemplo para o restante do elenco, que ainda não tem enraizado o trabalho iniciado nesta temporada.

— Todos que ficam muito tempo na Europa têm facilidade de entender essa metodologia. Foi mais fácil do que com os nossos atletas. Diego sabe que tem que chegar antes aos treinos, esse entendimento é uma coisa nova no Brasil — diz Tannure.

O trabalho no Centro de Excelência em Performance minimizou ainda a briga por posições no time. Como os atletas sabem que vão ser preparados para estar em campo na melhor forma, esperam sua vez e se dedicam mais ao trabalho.

— Esse processo é de educação continuada. Quando a decisão é de poupar, a gente divide com os atletas e explica o motivo. Eles sabem que vão ser utilizados e voltar melhor — complementa o médico, hoje com o departamento vazio e sem lesões.

Fonte: http://extra.globo.com/esporte/flamengo/diego-ja-um-dos-que-mais-correm-no-fla-apice-esperado-na-reta-final-do-brasileiro-20045282.html

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