O surto de casos de Covid-19 entre atletas (16 pessoas) e membros da comissão técnica e dirigentes (27 pessoas) do Flamengo expôs um planejamento que levou a uma espécie de quebra de protocolo na ida para o Equador, onde o time disputou dois jogos da Libertadores.

Fontes do clube admitem que a decisão de permecer oito dias no país acabou por abrir brecha para a contaminação em massa entre a delegação. O que talvez não aconteceria nesse nível caso houvesse o retorno para o Rio entre os jogos.

Mansur:vitória do Flamengo traz alívio, mas ainda expõe problemas

O Flamengo viajou na terça-feira passada, e enfrentou o Independiente Del Valle na quinta-feira em Quito. Em seguida, permaneceu no Equador, mas foi para Guaiaquil.

Segundo relatos, houve um afrouxamento natural nos cuidados que eram tomados no Ninho do Urubu. Os atletas se reuniram normalmente para refeições e até jogos para passar o tempo na concentração.

Medo de W.O.:o que motivou a manutenção do jogo do Flamengo na Libertadores

Mas segundo informações, não circulavam livremente no lobby do hotel, nem na área de lazer. Saíam dos quartos para vídeos e para o treino, além das refeições.

Mas houve ainda as aglmoerações involuntárias. Para ir ao treino, a delegação foi para dois Centros de Treinamento diferentes, além de dois estádios, hotéis e ônibus.

Sem contar durante os voos de ida e volta, de algumas horas, entre os países. Além da delegação do futebol, o Flamengo enviou em voo fretado dirigentes de uma série de pastas para ver os jogos.

A alta cúpula não se relacionou de forma muito próxima com os membros do futebol, mas frequentou os mesmos ambientes. Tanto no hotel, como no estádio. Não à toa houve contaminação do presidente Rodolfo Landim e do vice de relações externas, Luiz Eduardo Baptista, entre outros.

O clube ainda montou uma operação para levar jovens ao país, e levou os contaminados de volta ao Brasil em avião separado. Quem jogou contra o Barcelona retornou em outra aeronave, com toda a diretoria. Mas durante as cinco horas de voo outros atletas já apresentavam sintomas leves. Mesmo que ainda não tivessem testado positivo.

Os responsáveis pelo protocolo e pela logística do clube para as rodadas da Libertadores foram o médico Márcio Tannure e o supervisor Gabriel Skinner, respectivamente. A empresa Offside auxiliou.