Entregadas, pênalti perdido e erro do juiz: os 9 pontos que fariam do Fla líder

Neste sábado, às 18h30 (de Brasília), em Cariacica, diante do Atlético-PR, o Flamengo se despede do primeiro turno com a sensação de que encerra a primeira parte da competição mais forte e respeitado. De um time com poucas opções na zaga e afundado na crise por três eliminações consecutivas, o Rubro-Negro tornou-se consistente e se credenciou às brigas por Libertadores e pelo título.

A situação do atual sexto colocado, com 31 pontos, porém, poderia ser bem melhor caso não tivesse “entregado” três partidas em que estava muito perto da vitória e se o juiz do empate por 0 a 0 com o Santos assinalasse pênalti de Caju no último lance do duelo – claro que existia a possibilidade de a penalidade ser desperdiçada. A reportagem do GloboEsporte.com elegeu os nove pontos desperdiçados, que, se tivessem sido conquistados, deixariam a equipe na liderança isolada do Brasileirão.

Confira abaixo:

9ª RODADA: FLAMENGO 2X2 SÃO PAULO

Melhor do que seu adversário durante a maior parte do duelo disputado no Mané Garrincha, apesar de o primeiro gol são-paulino sair após erro de Réver, o Flamengo tinha a faca e o queijo na mão. Aos 22 minutos da etapa final, com 2 a 2 no placar, Calleri foi expulso por reclamação, e o Rubro-Negro avançou com tudo, mas a grande chance só veio aos 48 minutos do segundo tempo. Pênalti sofrido por Emerson, e Alan Patrick na cobrança. Melhor jogador do time àquela altura, o meia bateu mal e jogou para fora a bola e a vitória certa. No confronto, o Fla teve 64% de posse de bola e finalizou 19 vezes, 12 a mais que o São Paulo.

11ª RODADA: FLAMENGO 1X2 FLUMINENSE

Novamente como mandante, mas desta vez em Natal, o Flamengo fez um primeiro tempo muito bom contra o Fluminense, imprensando o rival em seu campo de defesa. Outra vez bem na armação e na proteção da bola, Alan Patrick voltou a pecar na frente do goleiro e perdeu duas ótimas chances na etapa inicial, mas nesta partida não foi ele o maior culpado.

Na volta do intervalo, o Flu abriu placar em lance infeliz de Willian Arão, que cabeceou contra o próprio patrimônio. O Rubro-Negro não tardou a acordar e logo empatou. Com a posse de bola e levando sustos apenas nos contra-ataques, a virada do time de Zé Ricardo parecia iminente, mas aos 30 minutos uma ducha de água fria. Rafael Vaz, que iniciava bem sua trajetória no clube, entregou de bandeja para Richarlison colocar o Flu na frente. Um lance daqueles para frear qualquer tipo de reação. Embora não tenha nem empatado, era jogo para vencer. Teve 61% de posse de bola e 20 finalizações, seis destas com Patrick.

15ª RODADA: BOTAFOGO 3X3 FLAMENGO

De todos os jogos em que vacilou, o empate por 3 a 3 com o Botafogo talvez tenha sido aquele em que o Flamengo jogou menos bola. Porém, num confronto ruim tecnicamente, Rubro-Negro se sobressaía. Abriu 3 a 1 aos 22 minutos e sustentou a vantagem por outros 12. Àquela altura, Zé Ricardo já havia alterado a formação do time, do 4-3-3 para o 4-4-2, com Canteros substituindo Marcelo Cirino.

No momento em que Neilton diminuiu para o Botafogo, o volante Cuéllar já estava à beira do campo para entrar no lugar de Everton. Em vez de desistir da mexida e manter um time minimamente criativo no meio-campo, Zé confirmou a troca, apostou no 4-5-1 e chamou o Alvinegro para seu campo de defesa. Não deu outra: aos 37, Salgueiro deixou tudo igual. Por pouco a reação do rival não causou danos maiores. Dessa vez o Flamengo teve menos posse de bola (49%), finalizou menos (9 a 16), mas a entrega foi imperdoável, e o técnico terminou como o principal culpado pelo resultado.

18ª RODADA: SANTOS 0X0 FLA – NA CONTA DO JUIZ

Na partida entre as quatro em que mais correu risco de perder, já que o Santos era perigoso nos contra-ataques, o Flamengo teve por duas vezes a “bola do jogo”. Aos 46 minutos da etapa final, Adryan achou Mancuello com ótimo passe, mas o argentino perdeu o lance porque a bola caiu no “pé errado” – ele é canhoto e errou o arremate de direita. No lance seguinte, o último do confronto, o juiz Dewson Fernando Freitas errou feio ao não marcar pênalti de Caju, que desviou cabeçada de Fernandinho com o braço esquerdo – o comentarista de arbitragem da TV Globo no duelo, Paulo César de Oliveira, afirmou que Dewson deveria assinalar a falta. O Flamengo novamente foi superior na posse de bola (61%) e finalizou seis vezes (16 a 10) mais que o Santos.

Fonte: GloboEsporte

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