Quase soberano no basquete brasileiro nos últimos anos, o Flamengo faz os ajustes finais para o início de mais uma temporada do NBB. Amanhã, o rubro-negro, atual campeão, abre a competição em visita ao São Paulo, às 16h10, numa reedição da decisão da última temporada, com transmissão da TV Cultura.

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Para os novos desafios, a equipe de Gustavo de Conti, agora técnico também da seleção brasileira, conta com o talento de seu armador Yago e o reforço de um brasileiro que só atuou no basquete estrangeiro: o ala-pivô Vitor Faverani. Após uma carreira inteira no basquete espanhol — com passagem por Israel e pelo Boston Celtics, na NBA — o ala-pivô de 33 anos tem sua primeira experiência no país.

— O basquete europeu é que nem jogar xadrez. Devargarzinho, usar os 24 segundos, muita tática, técnica, jogada. Aqui no Brasil, o basquete é mais rápido, tem mais velocidade. Chegou, está livre, chuta. Isso no basquete europeu é difícil de ver. A diferença maior é na hora de correr, de atacar — avalia.

Nascido em Porto Alegre, o jogador é só elogios à estrutura do Flamengo e à vida no Rio de Janeiro. Dono de um sotaque muito característico, que mistura o gaúcho ao espanhol, Faverani vinha utilizando as instalações do clube para recuperar a condição física a convite de Diego Jeleilate, gerente de basquete do rubro-negro.

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— Estava mais aposentado do que jogando. Tive um processo muito difícil no meu joelho. O Diego e meu agente ligaram para mim, vim passar uma semana para uns testes médicos que achei que não ia passar. Fazia dois anos que não treinava, não jogava, não fazia nadada. Estava recém-operado — lembra.

Lesões e sonho

Na NBA, em 2014, o jogador atuou pelo Celtics. Chegou a ter boa participação no time principal, mas o problema no joelho abreviou sua passagem. Por lá, teve médias de 13 minutos, 4,4 pontos e 3,5 rebotes por jogo.

— É o sonho de qualquer jogador. Sinto que realizei.