Fla e Flu abrem conversas e discutem como operar a gestão do Maracanã

Depois de muita conversa, Flamengo e Fluminense avançam para eventual gestão compartilhada do Maracanã. Aliados políticos e de bom relacionamento entre dirigentes, rubro-negros e tricolores puxam a sardinha para seus lados nas primeiras conversas. Com estudo em mãos, o Rubro-Negro apontou para participação maior na exploração do estádio. O Fluminense rejeitou a ideia e tem em mãos um trunfo: contrato de mais 32 anos com a concessionária. O futuro do estádio, ainda nas mãos da Odebrecht, porém, é uma incógnita.

Uma das propostas discutidas teria exploração do complexo em 65% pelo Rubro-Negro contra os 35% restantes ao Tricolor – no que diz respeito a bares,
publicidade estática, estacionamento, visitas turísticas, aluguel de lojas,
entre outros. A ideia não agradou ao Fluminense e não deve avançar. Neste caso, cada clube geria suas partidas, arcando com a organização e eventuais lucros e/ou prejuízos dos jogos.

A dupla Fla-Flu tem interesse em assumir a operação do
estádio, desde que o consórcio capitaneado pela construtora Odebrecht desistiu do
negócio – oficializou a decisão de rescindir o contrato com o governo do estado
do Rio de Janeiro em 27 de junho. Algo já esperado, que movimentou as direções dos
clubes desde o final do ano passado.

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Peter Siemsen, presidente do Fluminense, trata do assunto
diretamente – não fala publicamente sobre o caso. O dirigente tem o entendimento de que a proposta deixaria o seu clube
à sombra do protagonismo do Flamengo. Não concorda com o ponto de que o
tradicional adversário nos gramados, por ter maior torcida, deveria ter tamanha
vantagem no acordo. Se o fizesse, seria voto vencido nas decisões a serem
tomadas. A tentativa de estabelecer valores mínimos e máximos ao preço de
ingressos, sugerida pelo Rubro-Negro, também desagradou.

Há ainda dúvidas a serem esclarecidas, o que também atrasa a
solução do caso. Como a concessionária já informou ao Estado que deseja a
rescisão do contrato, qual o modelo de exploração será adotado? Os clubes terão
de investir no complexo como era exigido à Odebrecht? Enquanto não há
definição, o Flu adota cautela. Tem contrato em vigor com a concessionária.

Do lado da Gávea, a diretoria prefere não comentar o assunto. Os
dirigentes tratam todas informações a respeito das negociações como
preliminares e como meras especulações. Como já
divulgado, inclusive por nota oficial, o clube deseja ser protagonista na
eventual participação no estádio. Um estudo de viabilidade
foi encomendando. Além dos clubes, a prefeitura do Rio e a Ferj demonstraram
interesse em assumir a administração do estádio.

Sem receber nenhum jogo em 2016, o Maracanã continua cedido
ao Comitê Rio 2016. O término da cessão é no dia 30 de outubro.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2016/08/fla-e-flu-abrem-conversas-e-discutem-como-operar-gestao-do-maracana.html

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