Fla projeta leve aumento de receitas e quer reajuste com a Caixa em 2017

A diretoria do Flamengo faz os últimos
ajustes para levar aos conselhos do clube o orçamento para o ano de 2017. Há
previsão de leve aumento de receitas, que devem fechar este ano na ordem de R$
404 milhões – inferior aos R$ 420 milhões projetados no orçamento de 2016.
Estes valores (R$ 420 milhões) são a meta de receita total do clube para o ano
que vem. Uma das expectativas de crescimento é na verba de patrocínio. O
contrato com a Caixa Econômica Federal termina em dezembro e o Flamengo quer,
pelo menos, igualar os R$ 30 milhões do Corinthians, hoje o clube que mais
recebe da estatal.

O banco público deve permanecer no
futebol e seguir como principal patrocinador do esporte brasileiro. Apesar de
ter a maior torcida do país, o Flamengo recebe a segunda maior cota de
patrocínio da Caixa – R$ 25 milhões, pela espaço máster da camisa, um “X” no
peito e também no calção. O Corinthians, que tinha frente e verso entregues à
Caixa, adiou a negociação e conseguiu fechar pelos mesmos R$ 30 milhões apenas
pela parte da frente. À época, o desfecho da negociação corintiana irritou a
diretoria rubro-negra.

– Não falo de valores e questões
comerciais, mas pode ter certeza que vamos buscar um retorno compatível com o tamanho do Flamengo,
independentemente do patrocinador – disse o presidente do Flamengo, Eduardo
Bandeira de Mello.

Em entrevista ao GloboEsporte.com, no início de outubro, o
novo vice-presidente de marketing, Daniel Orlean, também não quis entrar em detalhes, mas disse
que “o sentimento é de que 2017 será bem melhor do que 2016 para o mercado todo”.

No meio do ano, o Flamengo aprovou
readequação orçamentária com reajuste para baixo de R$ 15 milhões de receitas
não realizadas de patrocínio e publicidade. Internamente, o clube espera que o “efeito
Libertadores” venha principalmente vinculadas a patrocínios na camisa, que vai ter maior exposição com o torneio continental até novembro. O departamento de marketing aproveitou permutas e fez
patrocínios pontuais com algumas marcas para cobrir estruturas rubro-negras. Recentemente,
o clube fechou com a Clipper, MRV, Yes e Ifood. Com exceção da MRV, que vai pagar R$ 16 milhões até 2018 ao Flamengo, todos patrocinadores encerram vínculo com o clube em dezembro.

Bandeira fala em 2017 sem Maracanã: “Se
necessário, vamos rodar o Brasil”

Enquanto o governo do estado, a
Odebrecht e a Lagardère ajustam os ponteiros pela venda da concessão do
Maracanã, o Flamengo discute saídas para encontrar campo para jogar no ano que
vem, com Primeira Liga, Campeonato Carioca, Brasileiro, Libertadores e Copa do
Brasil pela frente. Irredutível quanto à negociação com os possíveis novos
concessionários do Maracanã, o presidente do Flamengo afirma que o clube
procura solução e que pode sim repetir o “bye bye, Brasil”, versão 2017.

– Vamos trabalhar numa alternativa, não
podemos dizer qual é. O ideal é pensar positivamente e trabalhar com a hipótese
de que o Flamengo terá o Maracanã. Se
for necessário, vamos rodar o Brasil, sim. Não passa pela cabeça do Flamengo de
o clube ser chantageado e se submeter a valores e princípios que não têm a ver
com os do clube.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2016/11/fla-projeta-leve-aumento-de-receitas-e-quer-reajuste-com-caixa-em-2017.html

Share this content: