O sonho de o Flamengo conquistar o hepta no Brasileiro ficou apenas no cheirinho, mas pelo menos o clube assegurou uma vaga na próxima edição da Taça Libertadores após terminar a competição na terceira colocação com os mesmos 71 pontos do Santos, mas duas vitórias a menos (22 a 20). O que não deixa de ser um feito a ser exaltado, ainda mais num ano em que o elenco foi obrigado a fazer inúmeras longas viagens para exercer o seu mando de campo longe do Rio de Janeiro, uma vez que o Maracanã estava cedido para o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, só sendo liberado na reta final do campeonato.
Com a saída do treinador Muricy Ramalho devido a problemas de saúde, Zé Ricardo assumiu o comando da equipe, tendo a difícil missão de entrosar a equipe ao longo da competição com os reforços que iam sendo contratados. Dentro deste contexto, a zaga era uma das principais preocupações da comissão técnica, diretoria e torcedores por conta das sucessivas falhas cometidas pelo sistema defensivo e que culminaram com as saídas dos zagueiros Wallace – atualmente no Grêmio – e César Martins – que está no Nacional-POR emprestado pelo Benfica. Como Juan tem um histórico frequente de lesões, impedindo que tenha uma sequência longa de jogos, o Flamengo foi ao mercado e contratou o argentino Donatti, um dos destaques da última Libertadores atuando pelo Rosario Central. Mas foi com as aquisições de Rafael Vaz, ex-Vasco, e Réver, até então encostado no Internacional, que o rendimento da defesa começou a melhorar, deixando a torcida menos apreensiva.
Nos 26 jogos que a dupla formou a zaga do Flamengo, o time levou 24 gols, o que dá uma média inferior a um gol por partida (0,92), o que contribuiu para o clube terminar com a segunda defesa menos vazada do Brasileiro, com 35 gols (média de 0,92 por jogo) sofridos assim como o Peixe e atrás somente de Palmeiras e Atlético-PR, ambos com 32. Foi o melhor desempenho do Rubro-Negro desde 2006, quando a competição passou a ser disputada por 20 clubes no sistema de pontos corridos. Até então, o melhor desempenho tinha sido registrado em 2009, ano do hexa, e 2010, quando tomou 44 gols (média de 1,15 por jogo). O pior desempenho aconteceu na edição de 2015. Na ocasião levou 53 gols (média de 1,39 por jogo).
Dos 38 jogos disputados na competição, o Flamengo iniciou e terminou 34
com a mesma zaga. Em três jogos, o Rubro-Negro teve mais de uma formação
em função de substituições por contusão (Juan, no primeiro tempo contra
a Chapecoense, na terceira rodada, e na segunda etapa contra o
Coritiba, na 17ª rodada, além de Rafael Vaz, no segundo tempo diante do
Santos, pela 37ª rodada). Apenas na vitória sobre o América-MG por 2 a
1, em Cariacica, pela 16ª rodada, o time atuou com três zagueiros de
origem após a entrada de Rafael Vaz no lugar do lateral Chiquinho,
bastante contestado pela torcida na ocasião, para atuar ao lado de Réver e Juan. No total foram 42 formações no decorrer do Brasileirão.
Além de Réver e Rafael Vaz, a zaga do Flamengo teve outras nove composições durante as partidas disputadas ao longo do campeonato: Léo Duarte e Juan (três jogos, dois gols sofridos); Léo Duarte e Rafael Dumas (um jogo, um gol sofrido); Léo Duarte e César Martins (três jogos, três gols sofridos); Léo Duarte e Rafael Vaz (um jogo, um gol sofrido); Réver e Juan (quatro jogos, três gols sofridos, sendo todos no empate com o Botafogo por 3 a 3, no Luso-Brasileiro, pela 15ª rodada); Réver, Juan e Rafael Vaz (um jogo, um gol sofrido); Juan e Rafael Vaz (um jogo, nenhum gol sofrido); Rafael Vaz e Donatti (um jogo; nenhum gol sofrido); e Donatti e Juan (um jogo; nenhum gol sofrido).
Confira as formações e o número de gols sofridos pela zaga do Flamengo ao longo do Brasileiro.
Primeira
rodada – Flamengo 1 x 0 Sport
Léo Duarte e Juan – nenhum gol sofrido
Segunda
rodada – Grêmio 1 x 0 Flamengo
Léo Duarte e Juan – 1 gol sofrido
Terceira
rodada – Flamengo 2 x 2 Chapecoense
Léo
Duarte e Juan – 1 gol sofrido
Léo Duarte e Rafael Dumas – 1 gol sofrido
Quarta
rodada – Ponte Preta 1 x 2 Flamengo
Léo Duarte e César Martins – 1 gol sofrido
Quinta
rodada – Flamengo 1 x 0 Vitória
Léo Duarte e César Martins – nenhum
gol sofrido
Sexta
rodada – Flamengo 1 x 2 Palmeiras
Léo
Duarte e César Martins – 2 gols sofridos
Sétima
rodada – Figueirense 1 x 0 Flamengo
Léo Duarte e Rafael Vaz – 1 gol sofrido
Oitava
rodada – Cruzeiro 0 x 1 Flamengo
Réver e Rafael Vaz – nenhum gol sofrido
Nona
rodada – Flamengo 2 x 2 São Paulo
Réver e Rafael Vaz – 2 gols sofridos
10ª
rodada – Santa Cruz 0 x 1 Flamengo
Réver e Rafael Vaz – nenhum gol sofrido
11ª
rodada – Flamengo 1 x 2 Fluminense
Réver e
Rafael Vaz – 2 gols sofridos
12ª
rodada – Flamengo 1 x 0 Internacional
Réver e Rafael Vaz – nenhum gol sofrido
13ª
rodada – Corinthians 4 x 0 Flamengo
Réver e Rafael Vaz – 4 gols sofridos
14ª
rodada – Flamengo 2 x 0 Atlético-MG
Réver e Rafael Vaz – nenhum gol sofrido
15ª
rodada – Botafogo 3 x 3 Flamengo
Réver e Juan – 3 gols sofridos
16ª
rodada – Flamengo 2 x 1 América-MG
Réver e
Juan – nenhum gol sofrido
Réver,
Juan e Rafael Vaz- 1 gol sofrido
17ª
rodada – Coritiba 0 x 2 Flamengo
Juan e
Rafael Vaz – nenhum gol sofrido
Rafael
Vaz e Donati – nenhum gol sofrido
18ª
rodada – Santos 0 x 0 Flamengo
Réver e
Rafael Vaz – nenhum gol sofrido
19ª
rodada – Flamengo 1 x 0 Atlético-PR
Réver e
Rafael Vaz – nenhum gol sofrido
20ª
rodada – Sport 1 x 0 Flamengo
Réver e Rafael Vaz – 1 gol sofrido
21ª
rodada – Flamengo 2 x 1 Grêmio
Réver e Rafael Vaz – 1 gol sofrido
22ª
rodada – Chapecoense 1 x 3 Flamengo
Réver e
Rafael Vaz – 1 gol sofrido
23ª
rodada – Flamengo 2 x 1 Ponte Preta
Réver e Rafael Vaz – 1 gol sofrido
24ª
rodada – Vitória 1 x 2 Flamengo
Réver e
Rafael Vaz – 1 gol sofrido
25ª
rodada – Palmeiras 1 x 1 Flamengo
Réver e Rafael Vaz – 1 gol sofrido
26ª
rodada – Flamengo 2 x 0 Figueirense
Réver e Rafael Vaz – nenhum gol sofrido
27ª
rodada – Flamengo 2 x 1 Cruzeiro
Réver e
Rafael Vaz – 1 gol sofrido
28ª
rodada – São Paulo 0 x 0 Flamengo
Réver e Rafael Vaz – nenhum gol sofrido
29ª
rodada – Flamengo 3 x 0 Santa Cruz
Réver e
Rafael Vaz – nenhum gol sofrido
30ª
rodada – Fluminense 1 x 2 Flamengo
Réver e
Rafael Vaz – 1 gol sofrido
31ª
rodada – Internacional 2 x 1 Flamengo
Réver e Rafael Vaz – 2 gols sofridos
32ª
rodada – Flamengo 2 x 2 Corinthians
Réver e
Rafael Vaz – 2 gols sofridos
33ª
rodada – Atlético-MG 2 x 2 Flamengo
Réver e
Rafael Vaz – 2 gols sofridos
34ª
rodada – Flamengo 0 x 0 Botafogo
Réver e
Rafael Vaz – nenhum gol sofrido
35ª
rodada – América-MG 0 x 1 Flamengo
Donati e Juan – nenhum gol sofrido
36ª rodada – Flamengo 2 x 2 Coritiba
Réver e Rafael Vaz – 2 gols sofridos
37ª
rodada – Flamengo 2 x 0 Santos
Réver e
Rafael Vaz – nenhum gol sofrido
Réver e Juan – nenhum gol sofrido
38ª
rodada – Atlético-PR 0 x 0 Flamengo
Réver e
Juan – nenhum gol sofrido
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