Flamengo derrota o Boavista na reestreia de Júlio César

Natural que muitos olhares se voltassem para Júlio César. Afinal, não é todo dia que um ídolo volta a vestir a camisa de um clube brasileiro, ainda que numa breve turnê de despedida. Mas havia outras coisas para prestar atenção no Raulino de Oliveira. Muitas delas, chegaram a preocupar.Mas, no fim, a torcida e elenco rubro-negros comemoraram a vitória por 3 a 0.

– Primeiro tempo foi muito ruim tecnicamente. Mas melhoramos no segundo e conseguimos a vitória – disse Diego, na saída de campo.

Carpegiani mexeu na posição de seus meias. Iniciou o jogo com Paquetá mais à direita, Éverton mais à esquerda e Diego e Éverton Ribeiro pelo centro. Pretendia criar espaço para os avanços de Rodinei na direita, já que seria natural ver Paquetá e Diego buscarem o meio, enquanto do lado oposto caberia a Éverton criar profundidade na ponta. No primeiro tempo, nada funcionou.

Coletivamente, a troca de passes não fazia o jogo fluir, raramente gerava infiltração na defesa rival. Com uma linha de zaga que raramente conduz a bola ao sair jogando e laterais que hesitam na construção, os meias buscavam a bola muito atrás e o time se distanciava. Além disso, individualmenet, houve atuações ruins. Diego e Éverton Ribeiro, ainda que não ajudados pelo coletivo, jogaram mal. Nos primeiros 45 minutos, o Flamengo não teve uma só chance real de gol.

No segundo, o cenário melhorou. A começar pela linha de defesa, que jogou mais adiantada diante de um adversário encerrado atrás. Com jogadores mais próximos, o Flamengo já tivera uma boa oportunidade, num dos muitos cruzamentos, embora este com cara de passe: Henrique Dourado recebeu na área mas emendou com uma finalização constrangedoramente ruim.

Em seguida, viria um lance emblemático. Hoje em dia, é difícil romper defesas sem zagueiros com certo atrevimento para conduzir a bola até a chegada da marcação. É um movimento que ajuda a desequilibrar a marcação adversária. Rhodolfo o fez, Diego finalizou e aconteceu o córner que resultou no gol de Rodinei, aos 19 minutos.

Mais agressivo, o Flamengo controlou o jogo e coroou a primeira noite de Júlio César em sua volta ao clube com dois belos gols de falta: Diego, aos 35, e Paquetá, aos 42. O goleiro? Fez algumas saídas de gol, pegou uma cobrança de falta e teve o nome gritado pelo público.

Fonte: https://oglobo.globo.com/esportes/flamengo-derrota-boavista-na-reestreia-de-julio-cesar-22467150

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