Flamengo derrota o Fluminense na Sul-Americana

Um tempo de predomínio para cada lado, mas uma primeira etapa que exibiu o melhor Flamengo da passagem de Reinaldo Rueda sob o comando determinou o resultado final. Nesta quarta-feira, o rubro-negro venceu o Fluminense por 1 a 0, no Maracanã, no jogo de ida das quartas de final da Sul-Americana.

A manutenção da regra do gol fora de casa em dois jogos num mesmo estádio cria momentos quase surreais. Como o Flamengo celebrar a vantagem de um gol de visitante no Maracanã.

Apresentou-se no primeiro tempo, em especial nos primeiros 30 minutos, uma das melhores versões do Flamengo em 2017. Sob o comando de Reinaldo Rueda, seguramente a melhor. Pela forma como controlou o jogo a partir da posse de bola e pela forma como usou a posse para abrir espaços. Não chegou a haver um massacre de finalizações, mas quando Éverton encontrou o gol, aos 26 minutos, o lance coroava um claro domínio técnico e tático.

Rueda fazia Éverton Ribeiro, que iniciava as jogadas pela direita, funcionar muitas vezes como um segundo meia, junto a Diego. Algo raro nas outras experiências com os dois juntos, os mais técnicos jogadores do Flamengo dialogavam mais, não atuavam tão distantes. O rubro-negro ocupava mais a entrada da área tricolor, criava opções de passe com Éverton e as infiltrações de Willian Arão. Mas o fundamental era que expunha um problema do rival

Abel Braga iniciou o jogo com Richard como primeiro volante e Orejuela mais à frente, próximo a Sornoza, quase num 4-1-4-1. A movimentação de Éverton Ribeiro para o centro sobrecarregava Richard. A primeira chance do Flamengo veio do rebote de uma cobrança de falta, que terminou em cabeçada de Réver. Depois, Diego e Arão tabelaram até a defesa tricolor salvar. E, pela direita, Éverton Ribeiro achou Willian Arão, que chutou para Diego Cavalieri dar o rebote para Éverton marcar.

No lance, aliás, Arão mostrou que controlar os tempos é vital em futebol. Habituado a, por vezes, iniciar as jogadas já aprofundado entre os defensores rivais, desta vez penetrou no momento certo, como real opção de passe.

Imediatamente após o gol, Abel pediu a Orejuela que fizesse companhia a Richard, passando a ter dois volantes alinhados. Criou um bloqueio melhor pelo centro, mas o Fluminense, a partir daí, tinha outro problema: precisava construir. Era algo custoso, porque Scarpa, que também iniciava as jogadas pela direita, não conseguia achar os espaços que Éverton Ribeiro encontrava. Coube a Marcos Júnior dar belo passe para Henrique Dourado parar em Diego Alves, na melhor chance tricolor.

O lado direito passara a ser o setor por onde o Flamengo buscava criar. Por vezes com Diego caindo pelo setor, por vezes com Arão ou Cuéllar. Uma tabela pelo lado fez Pará cruzar para Paquetá falhar.

Fonte: https://oglobo.globo.com/esportes/flamengo-derrota-fluminense-na-sul-americana-21993312

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