O misto de bons resultados com desempenho dentro de campo faz o Flamengo admitir a efetivação do interino Maurício Barbieri, de 37 anos, após 10 jogos, cinco vitórias, quatro empates e uma derrota. O clássico contra o Vasco, o primeiro do técnico, neste sábado, 19h, é mais um termômetro para a avaliação do até então auxiliar. É contra Zé Ricardo que Barbieri iguala os onze jogos com os quais o ex-treinador rubro-negro foi promovido.
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Em entrevista a O GLOBO, que vai ao ar na íntegra na segunda-feira, o presidente Eduardo Bandeira de Mello assumiu que o Flamengo não está aberto a um novo comandante, embora tenha salientado que a função de Barbieri é ocupar essa lacuna até a chegada de um profissional, e que ele ainda não foi testado em ambiente de pressão. A partida contra o Vasco é o cenário ideal.
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– Estamos sendo transparentes com ele, e ele não está preocupado com isso. Ao longo do campeonato já tivemos queda de treinador efetivo, mas nenhum interino caiu. O treinador interino é o que tem na comissão permanente, para esses casos. Pode acontecer que o treinador da comissão permanente vá tão bem, que não precisa buscar um outro – afirmou o presidente.
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A aceitação de Barbieri entre o restante da diretoria aumentou, e já é quase unanimidade entre jogadores e comissão técnica. Mas o Flamengo está aberto para contratar um novo treinador? Bandeira respondeu inicialmente que não, mas em seguida usou o exemplo dos demais clubes brasileiros para fazer mea-culpa sobre a presença de interinos no comando.
Confira:
O GLOBO: O Flamengo está aberto para contratar outro treinador enquanto o Barbieri for interino?
Qual clube não está aberto para contratar um novo treinador?
O GLOBO: O Flamengo está?
(Baixa o tom) Não. (retoma) Eu diria que na estrutura do futebol brasileiro todos os clubes estão abertos a contratar um novo treinador. É uma coisa que temos todos que melhorar. Acho que o Barbieri está indo bem, competência técnica nunca duvidamos que ele tivesse, estudamos profundamente antes de contratar. Sabíamos que ele poderia desempenhar bem em um caso como esse. Além de ajudar o treinador principal. É uma possibilidade que ele vá tão bem que acabe sendo desnecessário trazer um treinador com mais nome, mas não necessariamente. Porque apesar dele ter qualidades técnicas, não foi testado em ambiente de pressão, de convivência com jogadores de alto nível, e tudo isso faz parte da avaliação, e isso a gente não sabia quando trouxe ele. Mas eu diria que ele está indo muito bem.
O GLOBO: Isso pode soar como improviso ou faz parte da filosofia do clube?
– Faz parte da filosofia. Não aconteceu com o Zé Ricardo, com o Carille, com o Jair Ventura?
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