Flamengo faz ‘maratona’ de inovação em São Paulo para aprimorar gestão

SÃO PAULO – Hackathon, do inglês, é a palavra que estrangeiros usam para designar eventos em que hackers se juntam e passam horas, e até dias, em maratonas de programação para resolver problemas em comum. O termo é a união literal de “hacker” e “marathon”. É o tipo de evento que acontece com maior frequência no Vale do Silício, região dos Estados Unidos onde estão as principais empresas de tecnologia do mundo. Mas que também vale para o Brasil e para o futebol. Nesta terça-feira (10), o Flamengo organizou em São Paulo seu primeiro “Flackathon”.

Organizado em parceria com a Sports Match e a Universidade do Futebol, o evento teve palestras pela manhã, inclusive do vice de marketing rubro-negro, Daniel Orlean, e dedicou a tarde para que grupos formados pelos participantes desenvolvessem projetos para o clube. Participaram desta etapa colaborativa 98 pessoas, entre estudantes, profissionais do mercado e startups, que formaram 21 grupos para elaborar os projetos. As ideias ainda passarão por um pente-fino, e as melhores poderão ser adotadas pelo marketing do Flamengo.

– O Flackathon é o primeiro passo para que o Flamengo crie um funil de inovação. Daremos novos passos em breve para aproximar o clube de startups que possam nos apresentar soluções – explica Orlean em conversa com o GLOBO durante o evento.

As propostas se dividem em três áreas estabelecidas pela pasta de Orlean. Um: o engajamento de torcedores, entre eles aqueles que residem fora do Estado do Rio de Janeiro. O marketing da equipe hoje tem cerca de 30% de seus sócios-torcedores residentes no restante do país e tenta aproximá-los do clube por meio de benefícios e descontos e uma rede de consulados e embaixadas. Numa posição privilegiada em comparação ao resto do futebol, com torcedores espalhados por Norte e Nordeste, o Flamengo entende que tem muito potencial inexplorado.

Dois: a aproximação do Flamengo com suas torcedoras. O programa de associação, Nação Rubro-Negra, tem um percentual inferior a 10% de mulheres entre seus membros, enquanto o público feminino forma a maioria da população brasileira. Três: o recrutamento de jovens jogadores. O clube depende de escolinhas e categorias de base próprias para encontrar talentos, numa rede que recentemente revelou (e vendeu) Jorge e Vinicius Júnior. Um negócio para lá de lucrativo, mas que ainda pode render mais, dada a extensão do futebol no território brasileiro.

Após quatro horas de debate e formulação das propostas entre os participantes, os projetos agora serão revisadas pelos organizadores e deverão ser publicados até 27 de abril. O Flamengo definirá se os vencedores são viáveis para a implementação na administração do clube.

Fonte: https://oglobo.globo.com/esportes/flamengo-faz-maratona-de-inovacao-em-sao-paulo-para-aprimorar-gestao-22577762

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