O clube rubro-negro será representado por Michel Assef Filho. O argumento que será trabalhado pelo advogado é bastante simples e dividido em duas frentes. A primeira delas é a decisão original do auxiliar Emerson Augusto de Carvalho, que anulou o gol marcado por Henrique – e manteve a decisão durante os 13 minutos de confusão. A segunda frente se baseia em decisões anteriores do STJD, que sempre evitaram reverter resultados de campo neste tipo de situação:

Uma leitura labial só vale em contexto integral. Em 13 minutos você extrai o que quer. São partes de diálogos. Assim não vale nada. Um ponto fundamental é que o auxiliar sustenta a posição mesmo depois da confusão. O árbitro dirá o que aconteceu. O que estão tentando fazer é validar um gol irregular e que foi invalidado na hora – argumenta Assef.

– Estão criando uma situação grande em um fato absolutamente simples. Ouvir informações extracampo não quer dizer que houve interferência externa. Os árbitros ouvem isso o tempo inteiro. Os próprios jogadores colocam pressão, mas o trio de arbitragem decide as coisas lá dentro. Creio que o julgamento será enfrentado dessa forma – completa o advogado.

Durante a confusão, por meio de leitura labial, é possível ver o inspetor de arbitragem Sérgio Santos falando com Sandro Meira Ricci:

– A TV sabe. A TV sabe que não foi – disse Santos

A anulação por um gol ilegal pode gerar um precedente muito ruim. Isso é extremamente perigoso – concluiu o advogado do Flamengo.

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