A saída de Zé Ricardo colocou em xeque a filosofia do futebol do Flamengo. Mesmo trocando apenas o treinador e seu auxiliar, Cleber dos Santos, o clube entende que deve manter o trabalho, com decisões conjuntas e multidisciplinares.
Nesse cenário, o treinador é apenas uma peça da engrenagem. As outras serão avaliadas apenas para possível troca no fim do ano. Nomes como do preparador de goleiros Vitor Hugo e do coordenador de psicologia Fernando Gonçalves são bastante questionados.
Sem Zé Ricardo, o diretor Rodrigo Caetano avisou que a responsabilidade também é dos jogadores e que há cobrança. Mas não levou em consideração a falta de tempo de treino para o técnico arrumar as peças ao falar da queda de desempenho recente.
– Achamos que os resultados voltariam, mas isso não ocorreu. Pregamos a continuidade, então lamentamos interromper o trabalho. O clima ruim transpirou para o campo – resumiu o dirigente ao citar os motivos da queda de Zé.
As contratações de meio de temporada elevaram o nível do elenco e eximiram o executivo de responsabilidade pelo atual momento. Por enquanto. Caetano também andou questionado por deixar as explicações sobre o mau momento do time para o presidente Bandeira. E voltou à mesa de entrevistas sozinho, sob orientação da diretoria.
O gerente de futebol Mozer sequer é visto tomando a frente das situações envolvendo o plantel. Apenas aconselha jogadores e acompanha treinamentos e reuniões sem voz ativa. Pelo perfil ligado ao clube, é mantido sem questionamentos.
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