Flamengo sofre resistência com impacto da arena da Ilha e reunião debate soluções para moradores

Uma reunião agendada para esta terça-feira discutirá os impactos causados pela volta do Flamengo ao agora reformado estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador. No último domingo o local teve toda a grama colocada e deve ser o palco da estreia do time na Libertadores, dia 8 de março, contra o San Lorenzo.

A Superintendência do bairro (antiga Subprefeitura), que concentra diversas reclamações de moradores sobre problemas no entorno desde que o Botafogo usava o local, viu multiplicar o temor com o andamento das obras do Rubro-negro, e convidará o presidente Eduardo Bandeira de Mello para o encontro.

Já existem abaixo-assinados contra o Flamengo e o objetivo é dialogar por soluções. A vereadora Tânia Bastos (PR), que atua no bairro, se reúne nesta segunda-feira na Gávea com o presidente para ouvir as intenções do clube sobre a organização dos jogos. No encontro, o superintendente da Ilha, Daniel Balbi, fará o convite ao mandatário.

— Queremos fazer campanha para mostrar como as pessos chegam na Ilha, onde estacionar, estamos muito preocupados com isso. Distribuimos no entorno do estádio o convite, a ideia era ouvir os moradores, convidamos o presidente da Porguesa e estou levando em mãos um convite ao presidente para o Flamengo mandar um representante — explicou Balbi.

Convite distribuído a moradores caiu na rede

A Polícia Militar também foi acionada para participar do encontro no dia seguinte, assim como a Guarda Municipal e a Cet-Rio. Dentre as sugestões na mesa, estão parcerias com metrô e BRT para facilitar a chegada de torcedores no estádio e evitar a entrada de muitos carros no bairro. Balbi detalha os maiores problemas:

— Flanelinha, estacionamento irregular, urinar na porta das pessoas. São problemas que dá para conversar para resolver, fechar algumas ruas. Queremos ouvir os moradores. Estou há 15 dias no cargo. Já deveria ter um planejamento para isso — alertou.

Soluções em pauta

Areas para estacionamento estão sendo mapeadas para evitar problemas de flanelinhas em ruas usadas por moradores da Ilha. Em arte que convoca moradores e comerciantes, são garantidas soluções, direitos e compensações para o bairro. Durante a estadia do Botafogo, o público chegou a pouco mais de 10 mil, mas o Flamengo deve colocar mais de 20 mil pessoas na arena por jogo.

— Recebi moradores preocupados com os jogos e os possíveis impactos que podem trazer para a região devido o dobro de torcedores que chegarão no bairro. Como nunca houve o apoio da prefeitura em outras gestões, nos outros jogos, entendo que o poder público e a iniciativa privada precisam organizar a vinda da torcida com conforto e segurança e assegurar o direito dos moradores — ponderou a vereadora, que vem sofrendo com a torcida rubro-negra nas redes sociais.

Fonte: http://extra.globo.com/esporte/flamengo/flamengo-sofre-resistencia-com-impacto-da-arena-da-ilha-reuniao-debate-solucoes-para-moradores-20877870.html

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