Fome de Flamengo

Além da ausência de título e da perda de fôlego na reta final do Brasileiro, 2016 se foi sem que eu quisesse muito papo com futebol. A tragédia com a Chape acabou com o clima e com o ano.

A renovação proporcionada pela virada do ano, deu a 2017 ares de um jogo que segue. Novelas sobre contratações, apresentações, pré-temporada, cornetas e muita, MUITA saudade. Sinto fome de Flamengo!

Nem só de pré-temporada vive um apaixonado por futebol. Não apenas de Copinha se alimentam os rubro-negros. Amistosos sem graça, que existem desde que o mundo é mundo, fazem parte desse pacote. Via de regra, esses certames só servem para afinar cornetas em caso de derrota ou fomentar o balançar de ombros em caso de vitória.

Minha realidade é triste. Sofro de saudades e já adianto que, pelo menos pra mim, o carioca serve como dieta hospitalar. Nada que mereça muito crédito ou que realmente valha à pena se apresenta por lá.

Não fosse o dinheiro que Globo resolveu despejar em nossos cofres, seria a favor de mais um carioca desidratado, quase uma Copinha com alguma grife, dada pela idade, já que a FERJ levou consigo o prestígio e o charme de outrora.

Viveremos quase um mês e meio alimentados por essas migalhas técnicas, viagens questionáveis, campos e adversários de história e qualidade questionáveis. Mesmo assim, é aquela velha história: é o que temos pra hoje.

Enquanto seguimos em nossa dieta, cornetas se afinam, especulações ganham o mundo com essa espera pelo tal “ponta de qualidade” que fecharia nosso elenco e vamos levando. Um petisco de primeira liga me serve de alento, mas não mata a fome.

Acho que minha gordice vai além da alimentação, sinto falta de devorar grandes porções de Flamengo. O stress, o sorriso, a preocupação, o grito de gol e a alegria que ele me dá são um vício, uma compulsão.

Pelo fim desse inferno astral chamado pré-temporada.

Vamos Flamengo!

Fonte: http://colunadoflamengo.com/2017/01/fome-de-flamengo/

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