Numa semana de cobranças, que teve até protestos de torcedores no Ninho do Urubu, o atacante do Flamengo Gabigol voltou a dar entrevistas à imprensa nesta sexta-feira. E não mediu as palavras ao falar do incômodo de estar na reserva.

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– Eu sou muito espontâneo e sou de coração, tanto para o bom quanto para o ruim. Mas não. Eu estava no banco e não gosto. Quero sempre ajudar. Mas respeito meus companheiros e quem entrou. Muita gente falou muita besteira, principalmente de eu não estar com a camisa de jogo (teve de colocar após pedido da arbitragem). Mas contra o Fortaleza eu também não estava, entrei e fiz o gol – disse o atacante.

Artilheiro do Brasileiro do ano passado e autor dos dois gols do título da Libertadores, Gabigol reconhece que a fase não é das melhores. Já são três jogos sem vitórias. Porém, nada está perdido na opinião do atacante. Ele relembrou a final da Libertadores decidida nos acréscimos como exemplo de que é possível ser campeão com 10 jogos para o fim do Brasileiro:

– Como um time que venceu a Libertadores faltando três minutos vai desistir faltando dez jogos para o fim do campeonato? Precisamos melhorar, matar os jogos antes, ter mais cuidado taticamente para não sofrer gols. Precisa fazer mais gols e tomar menos gols. Nosso time vem trabalhando isso muito durante a semana, para fazermos um bom jogo contra o Goiás e vencer.

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Apesar de usar o exemplo da Libertadores como motivação, Gabigol acha injusto fazer comparações com o time de 2019, um momento considerado único por ele.

– Comparar com o Flamengo de 2019 é injusto com qualquer time no Brasil. Porque o que aconteceu é muito difícil de acontecer de novo. É o mesmo time, temos o mesmo potencial, mas são tempos diferentes. Temos outro treinador, alguns jogadores diferentes, e jogadores que são marcados diferentes, como eu e Bruno. Em 2020 fomos campeões de algumas coisas. Sim, perdemos Copa do Brasil e Libertadores, mas estamos na briga pelo Brasileiro, que somos atuais campeões.