Há um mês no Fla, Conca prepara transição para trabalhos no campo

Devagar e sempre. Em recuperação de cirurgia delicada de
joelho esquerdo – lesão de cruzamento anterior e menisco sofrida em ação pelo Shangai SIPG em meados de agosto do ano passado -, Conca
está inscrito no Campeonato Carioca pelo Flamengo. Por todo delicado tratamento e
cautela no retorno do jogador, o argentino tem chances reduzidas de participar
da competição – a finalíssima está marcada para 7 de maio -, mas anima o
departamento de futebol com a evolução no tratamento dentro do centro de
treinamento do Flamengo. Conca deve iniciar trabalhos leves no campo semana que vem e ser reavaliado no início de março.

Médicos do Flamengo evitam falar em prazos – no clube, a expectativa é de que, cumpridas todas as etapas, o argentino seja liberado para jogar em maio – para não criar expectativa nos torcedores e
também não provocar ansiedade no atleta. Internamente, a comissão técnica ainda não conta com o argentino para o Campeonato Carioca – a recomendação é de se esperar com paciência pelo jogador, considerado um trunfo para a Libertadores da América. Dedicado, o jogador trabalha em dois períodos e chega a fazer seis horas por dia de trabalho no CT rubro-negro.

Os trabalhos no campo são espécie de transição da terceira para a quarta e penúltima etapa de recuperação de Conca. No primeiro momento, a preocupação é com o pós-cirúrgico, que passa por cicatrização e drenagem do edema, além de tratamento de mobilidade, esticando e abrindo as pernas. A segunda etapa é voltada para o fortalecimento muscular e um trabalho conhecido na fisioterapia como propiocepção – nesta parte do tratamento, o jogador faz exercícios na piscina, caneleira e movimentos com peso na academia e outros movimentos estáticos. É trabalhado também o reequilíbrio, a coordenação motora e a reação a estímulos.

Nesta transição da terceira para a quarta etapa, que deve começar na próxima semana, Conca deve sair aos poucos da academia, fazer circuitos físicos com e sem a bola. Discos, escadas, exercícios mais intensos – aceleração, desaceleração, saltos – para que o atleta, acompanhado de preparadores físicos e fisioterapeutas, seja testado no seu ambiente de trabalho – ou seja, no gramado. Conca também deve fazer trabalhos em caixa de areia.

No início de março, o jogador deve passar por novos exames de força – procedimento conhecido como avaliação isocinética, comum em pré-temporadas. Vai dobrar e esticar a perna e medir força e resistência do joelho esquerdo em tratamento. Neste período, o recondicionamento físico já deve ser parte fundamental da recuperação.

No Flamengo, Conca tem à disposição toda a equipe de
fisioterapeutas e preparadores físicos – além de dois preparadores enviados pelo clube chinês. Entre eles, Ronaldo Torres, que passou pelos grandes clubes do futebol carioca e em diversas equipes do futebol brasileiro. Na apresentação de Conca, dia 11 de
janeiro, o chefe do departamento médico do Flamengo, Márcio Tannure, lembrou
que o argentino seguiria rigoroso cronograma de tratamento.

– Jogador que vem de lesão como ele tem que
passar por certas etapas. Se ele cumprir essas etapas estabelecidas antes do
previsto não tem motivo da gente segurar e não liberar. Se demorar mais, também
não vamos expor o atleta a uma recuperação precoce. A gente sabe que a
principal causa de novas lesões é uma lesão que não foi bem tratada – dizia Tannure
há menos de um mês.

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Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2017/02/ha-um-mes-no-fla-conca-prepara-transicao-para-trabalhos-no-campo.html

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