Heranças

Consoante o dicionário Houaiss, a palavra herança pode ser definida como legado, patrimônio. No futebol brasileiro, ainda é muito comum a figura do treinador que indica reforços, um exemplo é Vanderlei Luxemburgo, que indica vários nomes em todo time que assume. Não obstante, a rotatividade de técnicos é muito mais alta de que a de jogadores, com isso o “padrinho” geralmente acaba indo embora do clube antes do apadrinhado.

Como Zé Ricardo no começo desse ano de 2016, sequer imaginava que comandaria o time, não participou do planejamento, no máximo passou informações sobre as categorias de base. Assumindo já com o campeonato Brasileiro em andamento, ele não só herdou o Flamengo de Muricy, como herdou o Flamengo de Oswaldo, Cristóvão, Luxemburgo, Jayme entre outros. Com isso, Zé não teve dedo na montagem do elenco, mas está tendo sabendo lidar com o grupo de jogadores do qual ele não participou na montagem.

Cada treinador que passou por aqui, deixou um legado, bom ou mau. Cristóvão teve uma passagem desastrosa, mas foi quem bancou Jorge como titular ao invés do experiente Armero, além de autorizar a troca de Alecsandro por Alan Patrick. Luxa indicou várias bolas foras, como Almir, Bressan, mas acertou Pará. Muricy indicou Chiquinho e Fernandinho, e Márcio Araújo é uma herança ainda da época do Jayme de Almeida, mas foi ratificada por todos os outros treinadores que passaram aqui. Resumindo, os treinadores tiveram carta branca para indicar nomes, alguns deram certo, outros foram esquecidos.

Hoje o Flamengo ainda contrata reforços indicados por treinadores, mas acerta em ter um Centro de Inteligência, para mapear reforços aliado ao trabalho do diretor executivo, aumentando o percentual de acerto nos reforços, sem contar que esse é um patrimônio plantado pelo próprio clube.

Saudações Rubro Negras.

Por: Wesley Paulo

@wesleypbc

Fonte: http://colunadoflamengo.com/2016/09/herancas/

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