Histórias de superação são combustíveis para Flamengo conquistar o título da Sul-Americana

Por trás das cifras milionárias do clube mais popular do Brasil, estão histórias de superação que entrarão em campo com o Flamengo, hoje, 21h45, no Maracanã. A conquista da Copa Sul-Americana diante do Independiente se transformou na última chance de diretoria e elenco provarem que a trajetória rumo ao protagonismo está correta. Ao longo da temporada, ingredientes dramáticos se enfileiraram. A necessidade de reverter o placar de 2 a 1 na Argentina é o último deles. O Flamengo precisa vencer por dois gols e a vantagem do empate é dos visitantes. Com o mesmo resultado haverá prorrogação e pênaltis.

Haja coração. Desde a questão dos goleiros, o ressurgimento de César com a má fase de Alex Muralha e a lesão de Diego Alves, passando pela suspensão de Guerrero, por doping, até o sofrimento pessoal do técnico Reinaldo Rueda, que está com a mãe doente na Colômbia. O comandante da equipe, aliás, tem a chance de erguer a taça que optou por ceder a Chapecoense no ano passado, por ocasião do desastre aéreo.

– É um grande aprendizado para nós, como comissão técnica, e para mim pessoalmente é uma experiência única. Estive em cinco Mundiais, dirigi o Atlético Nacional em dois anos, mas Brasil é algo único. Pelo fenômeno sociológico que significa o Flamengo, pela pressão, por esse fervor – comentou Rueda.

Contratado para colocar em prática o projeto de conquista da Libertadores, Rueda se mostrou emocionado com o apoio da torcida do Flamengo ao seu drama particular. Mas deixou claro que o foco é no Flamengo e que não pretende deixar o clube por causa da saúde da mãe.

– Se garantissem que ela ia melhorar caso eu voltasse, eu voltaria para casa amanhã. Mas não sou médico. Peço a Deus que a dê força, que a recupere. Que ela me espere – pediu, embargado.

O torcedor solidário é, aliás, parte desse cenário de superação. Espera que um título relevante venha a coroar a paciência com os anos sucessivos de ajuste financeiro do clube. Dentro de campo, a temporada foi também desafiadora. Recorde de jogos, 83, e um elenco à prova. Para jogadores que voltaram ou tentaram se firmar na temporada, a superação é rotina.

– Tenho que dar os parabéns ao departamento médico, aos preparadores físicos e aos fisioterapeutas. Temos todo o elenco à disposição. É ótimo o trabalho da comissão – elogiou o treinador, confirmando a volta de Everton ao time.

O elenco se concentrou de forma antecipada na segunda-feira e respira a decisão. A preocupação é em jogar com inteligência e ter controle mental para reagir ao que o time argentino propuser.

– Temos que ser inteligentes para mostrar nossa proposta e ter boa leitura de jogo. Boas decisões para levar o jogo à frente – ensinou.

Fonte: https://extra.globo.com/esporte/flamengo/historias-de-superacao-sao-combustiveis-para-flamengo-conquistar-titulo-da-sul-americana-22183072.html

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