Valorizado pelo bom ano que fez, Jorge deu uma entrevista em alto astral
nesta quarta-feira e recheada de sinceridade. Disse que os jogadores do
Flamengo estão cientes de que o vice do Brasileiro leva uma premiação
bem mais interessante do que a do terceiro colocado (R$ 10,7 x R$ 7,3
milhões) e, por isso, brigarão com tudo por tal posto.
– Rodrigo Caetano (diretor executivo) e Godinho (Flávio, vice de
futebol) conversaram conosco. A segunda colocação é importante. Temos
salário, mas tem nosso dinheiro por fora. Em relação ao bicho do segundo
colocado, vamos fazer tudo de para ganhar, mas pensamento é nas duas
decisões para conquistar esse valor. Hoje o pensamento é no Santos e no
Atlético-PR para chegar nesse valor bonito aí (risos) – afirmou.
Cobiçado
na Europa, Jorge deu declaração de impacto, dizendo que só troca o
Flamengo por um clube “maior”. Foi além e afirmou que poucos clubes no
mundo são mais importantes que o Rubro-Negro.
– Maior que o
Flamengo não tem hoje. Se fosse para ir pra Europa, teria que ser num
clube maior que o Flamengo. Mas no futebol temos que fazer pé de meia,
na Europa tem mais estrutura, há vários clubes com muita estrutura.
Barcelona, Manchester City, Real Madrid… Há vários. Mas maior que o
Flamengo é difícil. Aqui no Brasil não tem, por exemplo.
Jorge já
teve seu nome vinculado ao Manchester City, clube cujo técnico é Pep
Guardiola. Perguntado se não larga o telefone à espera de uma ligação do
treinador, já que este telefonou para Gabriel Jesus para convidá-lo a
defender o Citzens, foi sincero e divertiu-se de novo.
– Estou de
olho no meu telefone, claro que Gabriel Jesus deve estar feliz demais.
Garoto que merece muito, treinei com ele no Mundial, conheci
pessoalmente e sou muito amigo dele. É um dos craques do Brasileiro, uma
revelação. Vou treinar muito para quem sabe um dia jogar com ele. Mas
hoje penso no Flamengo e, se Deus quiser, em jogar a Libertadores no ano
que vem.
Mais tópicos da entrevista de Jorge
Balanço da temporada:
Balanço geral é das mudanças que houve.
As coisas não davam certo no início do ano, mas melhorou muito na
estrutura, diretoria nos ajudando muito e confiando no nosso trabalho.
Grupo está fechado, tem qualidade imensa. Balanço foi a subida que demos
no Brasileiro. Não fomos bem no Carioca, e essa briga pelo segundo
lugar é boa demais.
Vexames no ano:
Não tem como ter lembrança, só esquecimento. Pensar no
que está acontecendo, tem Libertadores pela frente. Fortaleza e
Palestino deixamos a desejar, a fase não era boa como hoje, quando tudo
dá certo. Temos que pensar no que acontece agora.
Chance de não ter o Maracanã:
Importante é jogar pelo Rio, melhor do que
ficar viajando e desgastando a gente, como aconteceu no Brasileiro todo.
Se não der certo, o importante é ficar no Rio.
Resultados no Maraca:
Faltou fazer coisas que o professor Zé nos pediu. Gerou um pouco de
ansiedade os jogos lotados, acabou prejudicando na busca pelo título.
Infelizmente entramos na ansiedade da torcida e da empolgação.
Atrapalhou muito a ansiedade.
Brincadeira do ”cheirinho”:
Acho que Diego foi feliz no que falou. Todo flamenguista sentiu o gosto
de o Flamengo estar bem na competição. No ano passado, estávamos na
fogueira. Hoje estamos brigando por segundo lugar e na Libertadores. Ele
foi feliz demais por dizer desse “cheirinho”. O Inter é muito grande e
está lá embaixo. Temos jogo difícil contra o Santos e é preciso saber
que é mais uma decisão.
Share this content: