“Ser campeão do mundo”. Essa é a meta que o Flamengo mira para um futuro próximo. Para alcançá-lo, ninguém melhor que um comandante que chegou perto deste objetivo. O escolhido é Jorge Jesus, e a diretoria rubro-negra trabalha para renovar o contrato do português, que se encerra em maio. O presidente Rodolfo Landim afirmou que as conversas caminham bem e dentro do prazo estabelecido.

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– Quando começamos a falar sobre a renovação de contrato, nós acordamos que teríamos um prazo para, caso a gente não chegasse em um acordo, ambos os lados buscarem uma alternativa. Esse prazo ainda não chegou. Apenas no caso improvável de não chegarmos ao acordo com ele, o que pra mim está praticamente descartado – declarou o presidente, em entrevista a Fox Sports.

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Landim classificou Jorge Jesus como o “Messi dos treinadores” e rasgou elogios ao português. Se dependesse apenas do clube, a renovação estaria assinada. O problema é a parte financeira, que emperra as conversas: o treinador pediu 7 milhões de euros anuais e isso está fora da realidade atual do Flamengo, como afirmou o presidente.

– Nunca vou questionar uma pedida de alguém da qualidade do Jorge Jesus. Quem sou eu pra falar o valor que ele vale? Para mim é um dos maiores técnicos do mundo e vale muito dinheiro sim. A questão é saber se o Flamengo tem capacidade de pagar o que ele quer. Para mim e para os flamenguistas, Jorge Jesus é quase um Messi dos treinadores. É óbvio que, se a gente está discutindo, foi além da capacidade do Flamengo. Minha expectativa é alta para que a gente chegue em um acordo – completou.

O presidente rubro-negro também declarou que, assim como Jesus é importante para o clube, o rubro-negro também tem a sua parcela de importância para o porutugês. As duas partes acreditam ser possível chegar a um denominador comum que ele e a comissão técnica portuguesa fiquem no Brasil.

– O Jesus reconhece a importância que o Flamengo teve nessa parte da carreira dele. É uma parceria forte que a gente tem com ele pois ele ajudou muito o Flamengo também. Era a forma que a gente queria jogar e que a torcida gosta. O Flamengo acrescentou alguma coisa no Jorge Jesus e acho que ele acrescentou muito no Flamengo. O time é eterno, nós não. Mas a parceria deve continuar. Nesse processo inteiro, os dois ganharam.

Jorge Jesus e Rodolfo Landim Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Confira outras respostas de Rodolfo Landim:

Sobre diminuição dos salários: “O futebol fica menor. Você fica com menos jogos, com isso você tem menos receita, impacto nos direitos de transmissão. Mas a gente tem a expectativa que em um mês as coisas comecem a se normalizar

Sobre renovar ou ampliar empréstimo dos jogadores: “É difícil da gente dizer. Se tudo se estender, temos que rever. Se isso ocorrer, a gente conversa com os jogadores e negocia com eles uma extensão de contrato ou renovação mesmo”.

Sobre o caso dos Garotos do Ninho: “Se dependesse apenas do Flamengo, tudo já tinha acabado. Chegamos em acordo com 3 famílias e meia. Continuamos em aberto para conversar com o restante. Estamos fazendo uma série de ações no sentindo de tentar confortar elas”.

Sobre venda de mandos: “O direito de mando de campo é sagrado e é do clube. Ninguém sabe melhor do clube, do que o presidente. Pode ser oferecido uma outra praça que pode ser muito benéfico para o clube, em relação ao dinheiro. Se for oferecido uma outra praça com um valor significativo, será aceito pelo Flamengo. Isso vai ajudar na administração do clube. Se instituiu que seria proibido isso. O que esse critério diz? Será que o clube terá a torcida que tem na casa dele? Isso é uma profunda ofensa aos clubes menores. Somos a quinta maior torcida na cidade de SP. Nas demais, somos a maior torcida. Então o Flamengo sempre poderá fazer, coisas que os clubes pequenos não poderão fazer. Eu sou contra porque influência no resultado do teu ano.”

Sobre o Maracanã: “Jogar no Maracanã, cheio, é extremamente positivo. É uma vantagem pro Flamengo. O projeto de tirar as cadeiras já foi aprovado, mas a implantação foi retardado para até a final da Libertadores. Está sendo de base para a próxima licitação de 35 anos. Muito provavelmente o que será aprovado será a retirada das cadeiras. Uma parte mais popular da torcida para caber um maior número de pessoas ali e aumentar a capacidade. Estádio próprio não é a minha intenção. Eu espero que não acabem. Eu aprendi a gostar de futebol com o Campeonato Carioca. Eu acho que é muito importante a manutenção dos regionais. Eu vejo cada dia uma demanda maior de jogos com Libertadores, Recopa, Supercopa… Isso acaba pressionando os Estaduais”.

Sobre Renato Gaúcho: “Em relação ao Renato Gaúcho, ele já foi atleta do Flamengo. Tem parte da sua história aqui. É um grande profissional. Não tem o porque cortarmos relação com ele”