Toda avaliação de um jogo na altitude deve ponderar o efeito físico de um confronto entre um time adaptado e outro não. Mas não é possível analisar uma partida que não ocorreu, é impossível dizer como seria o Flamengo x Del Valle ao nível do mar. É possível, sim, constatar que a diferença foi brutalmente maior do que a concebível caso os 2.750m de Quito fossem os únicos problemas do Flamengo. Um 5 a 0 como o desta quinta — maior derrota do clube na história da Libertadores — não se constrói por uma única razão.

O ar rarefeito não ajudou. Mas o plano de jogo para lidar com o tema jamais funcionou, o rubro-negro foi amplamente superado na parte tática e técnica. E a partir do segundo tempo, exibiu uma assustadora mistura de desgaste e impotência, animicamente derrotado.

O pior é que resultados tão escandalosos deixam marcas. Domènec Torrent já assumira a mais ingrata das missões: substituir um técnico que fez história. Era ingênuo imaginar que a transição para uma cultura de jogo tão diferente não teria atropelos.

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