O caso Alan Patrick

Na última quarta-feira, o Flamengo entrou em campo contra o Palestino pela Copa Sul-americana e como já sabemos, mesmo jogando com a vantagem, a equipe rubro-negra acabou sendo eliminada da competição. A quarta desclassificação do time no ano acabou se tornando um prato cheio para uma enxurrada de críticas. E um dos jogadores mais lembrados pela torcida foi o meia Alan Patrick.

Chamado de lento e displicente, o meia ex-Shakhtar Donetsk não foi poupado pela má atuação diante da fraca equipe chilena. Na primeira metade da partida, atuando como meia centralizado, não deu criatividade ao time. E após a entrada do argentino Mancuello, foi deslocado para a faixa direita do campo e não deu o apoio ofensivo que a equipe necessitava. Fora a má atuação, adiciona-se o cansaço que demonstrou a partir da metade do segundo tempo, digno de quem acabara de correr uma maratona.

Mas não só de maus momentos vive Alan Patrick. Em sua última partida no campeonato brasileiro, contra o Cruzeiro, entrou no segundo tempo para ser peça fundamental na espetacular virada rubro-negra. Atuando na vaga de um dos pontas e jogando mais aberto pela faixa esquerda, Patrick conseguiu se reinventar e deu as duas assistências para os gols do Mais Querido. Nesta oportunidade, as críticas eram poucas e os elogios eram muitos.

Alguns passaram a falar que Patrick era jogador de segundo tempo. Que só rendia entrando no decorrer das partidas. Mas seria justo chamá-lo assim? É bom lembrar que antes da chegada do astro Diego, ele era o meia titular do time. Era a principal peça de organização das ações ofensivas da equipe. Havia ganhado a posição do argentino Mancuello com méritos.

A grande verdade é que Alan Patrick alterna bons e maus momentos com a camisa rubro-negra. Por este motivo, alguns o chamam de vagalume. Oscila entre lapsos de craque e momentos de preguiça.

Pensando no futuro, seria uma boa manter este jogador no elenco para 2017? O meia ex-Santos e Palmeiras tem contrato de empréstimo até o final deste ano e para mantê-lo, o Flamengo precisaria negociar com os ucranianos a compra do seu passe ou uma improvável prorrogação de empréstimo. Para compra, Alan Patrick é um jogador caro. Seu passe gira em torno de R$ 16 milhões. Para empréstimo, a negociação se torna quase uma missão impossível. Os ucranianos dificilmente aceitariam um novo empréstimo do jogador.

Pensando no presente, Alan Patrick ainda pode e deve ser muito útil na busca do heptacampeonato.

Que a “lâmpada” do vagalume fique mais acesa do que apagada.

Curtinhas pré e pós-jogo

Flamengo 1 x 2 Palestino – Péssima atuação da equipe rubro-negra. Entraram preguiçosos, apenas esperando que os 90 minutos passassem. Perdemos o jogo e a classificação pelo péssimo primeiro tempo que fizemos. Mais uma desclassificação vexaminosa em competições internacionais.

São Paulo x Flamengo – Precisamos vencer para não deixar o psicológico dos jogadores estremecer. Uma vitória hoje será importantíssimo para manter a pegada na corrida pelo hepta. Por não ter direito a torcida visitante, a imensa nação rubro-negra acompanhou o time e fez mais uma linda festa no aeroporto Santos Dumont. Ou seria Aeroporto de Regatas do Flamengo?

Bruno Petrocelli

@brunopet365

Fonte: http://colunadoflamengo.com/2016/10/o-caso-alan-patrick/

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