O mito do gramado sintético

Verde, bem tratado, perfeitamente nivelado e de plástico! Assim é o famoso e quase polêmico gramado sintético da Arena da Baixada. Mais cedo, meu querido Fábio Monken nos mostrou que o Paraná já não é mais um pesadelo pra nós. Agora, falarei um pouco do tapete (literalmente) da Arena da Baixada.

Entendo que o assunto seja um pouco chato. Em véspera de jogo com cheiro de decisão, principalmente para os nossos adversários, com frequência somos seduzidos pelas falácias de gente que entende pouco do que fala ou que deseja tumultuar qualquer análise ponderada sobre qualquer assunto.

Ainda que eu compreenda que a grama sintética não é grama natural, acho que precisamos deixar alguns preconceitos de lado. Compreender que o rival de amanhã investiu tempo e dinheiro em uma solução que gerasse não apenas economia, mas qualidade ao espetáculo do futebol. Sim, exatamente isso.

A grama sintética onde jogaremos amanhã é considerada uma das melhores do mundo. É importante que deixemos as falácias de lado e lembremos que o Atlético-PR não chegou onde chegou na temporada passada, apenas por sua grama sintética. Mas o que faria do Atlético Paranaense o melhor mandante do Brasileirão 2017? Simples, meus caros, majoritariamente pelo histórico que sempre teve em seus domínios.

Respeito que a grama possa ser considerada como um fator extra, que a velocidade do jogo seja maior, como em gramados naturais baixos que são molhados antes dos jogos. Mas isso não justifica uma boa campanha se encontrado de forma isolada.

De maneira geral, é natural que times joguem melhor em suas dependências. Mas peço que reflitam sobre quantos times se favorecem de péssimos gramados para obter certo tipo de vantagem sem que qualquer tipo de questionamento seja feito? Um exemplo claro, prático e recente foi o do Botafogo, na Ilha.

Sendo agora a nossa casa, o Flamengo e a Greenleaf fizeram um grande esforço para corrigir as irregularidades do gramado e a rigidez do piso. Durante muito tempo foi muito comum encontrarmos gramados de péssima qualidade pelo Brasil, mas nunca houve qualquer perseguição a esses clubes, não é mesmo?

Então, meus caros irmãos, peço que sigamos em frente. O Atlético fez bem com a grama sintética. Jogar “no plástico” é melhor do que podemos encontrar com facilidade no Brasil e na América do Sul.

Amanhã não é dia de pensar em grama sintética. É dia de comer a grama, é dia de entrega, raça, amor e paixão. Não devemos temer a grama, eles devem temer o Flamengo! Simples assim.

SRN!

Thigu Soares
Twitter: @thigusoares

Fonte: http://colunadoflamengo.com/2017/04/o-mito-gramado-sintetico/

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