O voo de Bruno Henrique para marcar de cabeça um dos gols do Flamengo, na vitória sobre o Junior Barranquilla (3 a 1), na quarta-feira, pela Libertadores, lembrou que o atacante deixou para trás um começo de temporada sem brilho. Ganha o Rubro-Negro, que vê no camisa 27 a retomada do patamar de 2019.

Lembrado por Tite — técnico da seleção brasileira — no início do ano, antes da paralisação do futebol por causa da pandemia do novo coronavírus, o jogador voltou mal ainda com Jorge Jesus, demorou a encaixar no novo esquema de Dome, mas, aos poucos, retorna à melhor forma.

Desde que se recuperou de lesão no joelho e da Covid-19, Bruno Henrique fez oito jogos, com seis gols e três assistências. Agora, são 14 gols em 28 partidas na temporada, dois a menos que os artilheiros do time em 2020: Pedro e Gabigol. Na Libertadores, porém, o goleador rubro-negro é o camisa 27, com quatro.

Enquanto tratava o edema no joelho, o atacante fez trabalho de reforço muscular que o ajudou a superar o período de 12 dias sem treinar em função da contaminação. Quando foi liberado da quarentena, voltou com dois gols na goleada sobre o Independiente del Valle, pela Libertadores, no Maracanã.

A boa fase reaparece em momento de nova convocação da seleção, sendo a principal motivação para essa retomada, de acordo com relatos de pessoas próximas e no Flamengo. Ano passado, Bruno Henrique foi convocado por Tite e colocou a Copa de 2022 no radar, já que a vê como a última oportunidade de realizar o sonho, aos 29 anos.

Após uma temporada brilhante em 2019, que rendeu especulações de ida para o Benfica de Jorge Jesus — embora nenhuma proposta concreta tenha chegado —, o atacante só pensa no Flamengo para voar ainda mais alto. No site da Fifa, a entidade classificou o gol de quarta-feira como “perfeição aérea”.

— Não faço nada específico. É o corpo, o biotipo — declarou Bruno Henrique, de 1,85 e 71 quilos.